Enfim, o Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF ouviu nesta quarta (14) o ex-governador Joaquim Roriz sobre possíveis irregularidades, durante sua gestão no GDF, em operações para a construção e a compra do Hospital Samambaia, antigo Nossa Senhora Aparecida.
Foram as denúncias do Sindicato sobre as operações suspeitas de empréstimo pelo BRB para a construção do hospital que levaram o Tribunal de Contas do DF a iniciar análises dos negócios e a considerar irregular a transação de venda do estabelecimento pelo banco para a Secretaria de Saúde do DF. No ano passado, o Tribunal exigiu do ex-secretário Arnaldo Bernardino a restituição de R$ 3,3 milhões aos cofres públicos. Esse foi o valor pago pelo Executivo acima da avaliação da Caixa Econômica Federal para o negócio.
A construção do hospital foi finalizada em 2001 pela médica Mercedes Ermínia Barbiani graças a um empréstimo de R$ 8 milhões feito pelo BRB em 1999. A proprietária não conseguiu saldar a dívida e o banco tomou o hospital, que, em seguida foi repassado ao GDF por R$ 18,3 milhões, muito acima da avaliação da Caixa.
Sem mandato, Roriz depôs sem direito a foro especial e, apesar do negócio de tamanho valor financeiro e social durante seu governo, responsabilizou apenas o então secretário de Saúde pelo negócio, tentando eximir-se de participação como chefe do governo nesta decisão tomada há seis anos.
Reportagem publicada pelo Correio Braziliense nesta quinta (15) relata o depoimento do ex-governador, que já responde a ação de improbidade administrativa no caso do grande empréstimo que teria recebido do empresário Nenê Constantino para suposta compra de embrião para bezerra.
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