Caixa Econômica Federal

16 de Dezembro de 2025 às 10:48

Declarações de representantes da Caixa em audiência no MPF mostram que a estratégia da empresa aponta um caminho errado

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O Sindicato dos Bancários de Brasília vem a público manifestar profunda preocupação e indignação diante das declarações feitas, na reunião realizada nesta segunda-feira (15) no Ministério Público Federal, por representantes da alta direção da Caixa Econômica Federal. A Caixa precisa escolher: ou se reafirma como banco público, ou assume, de forma transparente, que não reconhece mais sua existência para servir ao povo brasileiro.

Os representantes da Caixa afirmaram que não faltam empregados no banco, que “há agências que não têm filas”. A mensagem transmitida foi a seguinte: a instituição entende que não precisa de mais técnicos bancários, apesar da realidade concreta vivida diariamente nas agências, marcada por sobrecarga, adoecimento, fechamento de unidades, filas e precarização do atendimento à população.

Ainda mais grave foi a postura adotada por um representante que chegou a afirmar: “É difícil, aqui na mesa, quem não é cliente do Nubank”. Diante disso, cabem as perguntas que ecoou entre os presentes e que não pode ser ignorada pela sociedade brasileira:

a) A direção jurídica está preocupada em defender a Caixa ou em reproduzir a lógica de funcionamento do Nubank?
b) Esses dirigentes estão a serviço da missão pública do banco ou agem como se estivessem trabalhando em uma fintech privada?

A Caixa Econômica Federal não é um banco digital privado, não é uma startup, não é uma fintech. É uma empresa pública, com função social, compromisso constitucional e responsabilidade com políticas públicas, com o crédito habitacional, com o pagamento de benefícios sociais, com o desenvolvimento do país e com o atendimento da população mais vulnerável.

Compará-la ao Nubank não é apenas inadequado: é um desvio de missão, um ataque à sua identidade e um desrespeito aos seus empregados, que sustentam diariamente o seu funcionamento em condições cada vez mais adversas.

Ao afirmar que não falta empregado, a atual direção ignora deliberadamente as consequências sociais do esvaziamento da Caixa enquanto banco público. O que se exige é respeito à lei, à missão pública da empresa, aos empregados e à sociedade brasileira.

Problemas do Concurso Caixa 2024

A argumentação dos seus representantes passou longe do reconhecimento de problemas no Concurso Caixa 2024, tampouco houve sinalização de que eventuais falhas poderiam ser corrigidas.

Os 4 mil aprovados excluídos do resultado final não são números. Eles possuem nome, história, projetos de vida, família, sonhos, desejos e expectativas legitimamente construídas a partir de um concurso público ao qual se submeteram, cumprindo todas as etapas exigidas.

Mais do que isso, possuem legitimidade jurídica, pois a Fundação Cesgranrio, banca organizadora do certame, já atestou formalmente que esses candidatos não são eliminados, mas sim aprovados, ainda que não classificados. Essa distinção não é retórica. É jurídica e material e reforça a necessidade de reparação integral dos prejuízos causados pelo edital de 2024, sobretudo quando a própria solução adotada no edital do novo concurso específico de 2025 reconhece o erro anterior ao corrigir essa situação.

A luta continua e, enquanto essa reparação não se concretizar, as entidades sindicais, as lideranças sociais e os parlamentares comprometidos com a justiça seguirão firmes, mobilizados, com dedicação, calor humano e responsabilidade institucional, até que se faça justiça.

Sindicato dos Bancários de Brasília

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