O plano 1 de Benefício Definido (BD) da Regius apresentou déficit de aproximadamente R$ 76 milhões no resultado do exercício de 2010. Por conta disto, provavelmente o fundo de pensão terá de apresentar à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) – órgão que regula os fundos de pensão no Brasil – um plano de equacionamento deste déficit. Isto poderá ocorrer principalmente em virtude do desempenho ruim das aplicações deste ano, cujos resultados provavelmente não serão suficientes para cobrir tal déficit, pois o desempenho das aplicações está sendo severamente afetado pela atual crise financeira mundial.

Este déficit, em parte, pode ser explicado pelo baixo desempenho das aplicações da Regius nos últimos anos (a Regius teve um resultado abaixo da média do mercado), e também pela necessidade de ajustes atuariais determinados pela Previc. Ajustes atuariais estes que deveriam ter sido feitos no passado, o que permite inferir que diretorias anteriores da Regius se esquivaram de fazê-los, provavelmente temendo ter de enfrentar a situação agora vivida, gerando uma falsa sensação aos participantes de que estava tudo bem, quando na verdade não estava.

“O fundo de pensão é estratégico e fundamental para gerar estabilidade aos funcionários do banco, ao garantir o complemento das aposentadorias, permitindo a manutenção da qualidade de vida. Este déficit preocupa. Por isso, esperamos que a Regius e a direção do BRB encontrem a melhor maneira de resolver esta situação, que seja a menos traumática aos participantes”, diz Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato e funcionário do BRB.

Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília