
O mês de novembro é marcado pela luta do povo negro brasileiro por igualdade racial. Zumbi dos Palmares, maior líder negro do período colonial do Brasil, é a inspiração para o enfrentamento do racismo e da discriminação nos dias atuais, principalmente neste momento de retirada de direitos.
No país com a maior população negra fora do continente africano, ainda se exclui uma pessoa por causa da cor da pele, da textura do cabelo e do formato do nariz. Mesmo com 54% de brasileiros negros, as políticas públicas continuam ineficazes para resguardar as vidas negras.
De acordo com dados do escritório brasileiro da ONU, a cada 23 minutos um jovem negro é morto no país, e de cada dez pessoas assassinadas, sete são negras. Este é o retrato de um Brasil golpeado pelo fascismo e pelo racismo.
Com a consumação do golpe contra a democracia, as portas da discriminação social e racial foram escancaradas. Alvo das desigualdades há quatro séculos, é a população negra a mais atingida pelos ataques do governo de Temer aos direitos conquistados, já que nunca foi dada a chance de usufruir integralmente do direito à cidadania.
Assim como fazem desde que Brasil é Brasil, negros e negras seguem firmes, resistindo. E resistem em unidade, entendendo que a expressão “coisa de preto”, diferente do que tentam disseminar os racistas, é manter-se grande diante de quem mata, é se precisar ameaçar com canhão pelo fim da chibata, como diz o texto de Johnatan Oliveira Raimundo.
“Promover a igualdade racial não é responsabilidade só do movimento negro ou do Estado brasileiro, mas de todos”
Luiza Bairros, presente!
Da redação
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