

O Congresso Extraordinário da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), realizado na quinta (9) e sexta-feira (10), em São Paulo, reforçou a necessidade de mobilização contra reformas da Previdência e trabalhista. Os participantes do evento -- 338 delegados(as), 112 mulheres e 226 homens -- aprovaram um plano de luta que prevê articular as bases dos sindicatos e federações, em conjunto com os movimentos sociais e os setores democráticos da sociedade, em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Para a Contraf-CUT, as reformas da Previdência e trabalhista e a privatização que está em curso, de empresas públicas e do sistema financeiro, são resultado do golpe encomendado para retirar direitos. “O plano de lutas vai ajudar nossas federações e sindicatos filiados a se organizarem, com unidade e mobilização, para barrar a tentativa de retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Nós construímos hoje aqui a resistência e quem resiste conquista”.
Fora Temer
A Contraf-CUT reafirmou a sua posição por “Fora Temer” e contra o golpe. Assegurou que é preciso dar a palavra e a escolha do programa de governo ao povo brasileiro em eleições diretas e imediatas para presidente. E, diante da crise institucional profunda e do descaso do Judiciário e do Legislativo com o golpe contra a soberania nacional e dos ataques aos direitos sociais e trabalhistas, a Confederação aponta como alternativa uma Constituinte que restabeleça a democracia no país e abra a via para as reformas populares necessárias.
Plano de lutas
Dia Nacional de Paralisação – 15 de março – Nenhum direito a menos! Fora Temer!
A Contraf, seguindo a orientação da CUT, orienta que suas federações e sindicatos filiados participem fortemente das paralisações em todo o Brasil, em defesa dos direitos dos trabalhadores e dos bancos públicos e contra a PEC 287 de reforma da Previdência, que representa retrocesso e prejuízo para toda a sociedade.
Diversas categorias profissionais já confirmaram participação nos atos, paralisações e protestos desta quarta-feira (15), em todo o país.
Os dirigentes sindicais ressaltam o sucesso das manifestações no Dia Internacional de Luta das Mulheres, em 8 de março, que reuniu milhares de pessoas em todo o país unificadas pela defesa da igualdade e contra a avalanche de roubos dos direitos trabalhistas, principalmente da reforma da previdência. Para eles, o ato foi uma demonstração da resposta que está por vir aos golpistas, a começar, nesta quarta-feira(15). “O roubo de direito das reformas previdenciária e trabalhista será derrubado pela mobilização nacional”, afirmam.
1º de maio - Dia Internacional do Trabalhador – Nenhum direito a menos! Fora Temer!
As mobilizações terão como eixos as lutas contra as reformas da Previdência e trabalhista e em defesa do emprego.
Organização e mobilização em quatro eixos de resistência
- Contra a reforma da Previdência;
- Contra a reforma trabalhista;
- Em defesa dos bancos públicos;
- Em defesa dos empregos frente à reestruturação e a digitalização.
Discussão no Congresso
A discussão das reformas prossegue na Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira (14), às 14h30, e quinta (16), às 9h30, haverá novas reuniões da comissão especial que discute a PEC 287, de reforma da Previdência. Nesses mesmos dias, às 14h30 e às 9h, também se reúnem os parlamentares que analisam o Projeto de Lei 6.787, que propõe mudanças na legislação trabalhista.
Da Redação com Contraf-CUT