Em comunicado datado de 23 de julho, o presidente do BRB, Ricardo Vieira, entre diversos assuntos, se refere às novas regras do programa de participação nos lucros e resultados (PLR) como se as mesmas já fossem fato consumado. Com isso, o presidente desconsiderou fundamentos básicos de um ambiente democrático, pois as novas regras ainda estão em fase final de discussão com o Sindicato.

O que existe são as premissas sobre as quais se fundarão as novas regras. Está estabelecida a distribuição de 13% do lucro líquido a título de PLR, 40% deles de forma linear e 60% restantes vinculados a metas. Porém, a formatação da distribuição dos 60% variáveis ainda está em discussão.Haverá reunião nesta segunda (3) para tratar a questão.

“Mais grave é o presidente do BRB desconsiderar que estas novas regras só entrarão em vigor quando e se forem aprovadas pelos funcionários em assembléia a ser convocada oportunamente. As regras ainda não vieram, como afirma o presidente; elas podem vir se assim as desejarem os funcionários do banco”, afirma Eustáquio Ribeiro, secretário de imprensa do Sindicato.

Na carta do presidente, chamou atenção também a sua afirmação de que agora a diretoria está completa com diretores “... pautados pela competência técnica, com objetivos claros de transparência, decisões sintonizadas com seus empregados, com foco na governança corporativa...” e, conforme segue, “...sempre pautados na ética, competência e na co-responsabilidade e compromisso entre Diretoria e todos os que fazem o BRB”. 

O que dizer então das nomeações mais recentes, como a da Diretoria de Desenvolvimento, cujo titular foi presidente do DEM, partido do governador Arruda, e a do diretor Kelson, em que pese ser funcionário de carreira do banco. Em informativo recente do Sindicato, foram levantadas dúvidas sobre a conduta deste diretor que, enquanto funcionário da área de informática, era sócio proprietário de empresa que prestou serviço ao BRB na mesma área, configurando uma relação indevida  e vedada pela boa prática de administração.

Cabe ao presidente Ricardo Vieira responder.