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25 de Junho de 2015 às 14:48

Compras de bancos e fusões causam desemprego

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As fusões e incorporações no setor privado que ocorreram na década de 90 no Brasil, bem como as recentes, mostram o quanto os trabalhadores e clientes são prejudicados nesses processos. Os resultados são demissões em massa e mais lucratividade para os bancos, pois há redução do custo com pessoal e aumento das tarifas para recompor a rentabilidade devido à expansão das operações de crédito.

O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer) gastou R$ 37,76 bilhões para “estabilizar” o sistema financeiro após problemas econômicos. O programa foi criado em 1995, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, e mais de 70 bancos passaram por processos de ajuste, resultando em transferência de controle acionário.

A partir de então, vários bancos estaduais foram comprados por instituições financeiras estrangeiras e teve início o processo de precarização das condições de trabalho dos bancários. Houve desligamentos e planos de demissões voluntárias.

Informações levantadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram a concentração bancária e internacionalização do sistema financeiro brasileiro. Alguns exemplos são a compra do Bamerindus pelo HSBC; do Banco Real pelo ABN-Amro; do Noroeste, do Banco Geral do Comércio e do Banespa pelo espanhol Santander, e do Excel pelo Bilbao y Viscaya. Ao todo, oito instituições estrangeiras compraram 11 bancos nacionais nos anos 90.

As fusões mais recentes ocorreram em 2008, quando o Santander incorporou o Real e o Itaú comprou o Unibanco. Apesar das promessas de garantia de emprego por parte dos bancos, após as fusões houve várias demissões. O Itaú, por exemplo, ficou com 108.458 mil funcionários. Já em 2009, o número caiu para 101.640 mil.

No Santander a situação foi semelhante: o número de bancários diminuiu de 53 mil em 2008 para 51.241 mil em 2009.

HSBC está à venda e bancários temem por emprego

A situação de venda de bancos no país se repete com o HSBC. As instituições Bradesco e Santander entregaram propostas para a aquisição das operações do HSBC agora em junho. O Sindicato cobra do banco transparência no processo e meios de garantia do emprego dos bancários.

O HSBC conta no Brasil com 853 agências e mais de 21 mil trabalhadores. A sede nacional do banco fica em Curitiba, que conta com sete mil funcionários.

Caso Swissleaks

Em fevereiro, o HSBC anunciou que a filial brasileira teve prejuízo de US$ 247 milhões no ano passado. Foi o pior resultado entre todas as subsidiárias latino-americanas. Pivô de um escândalo bilionário de evasão de divisas e sonegação fiscal, o chamado caso Swissleaks, a instituição tem apontado a saída de mercados emergentes como estratégia para cortar custos e riscos.

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília

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