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13 de Setembro de 2016 às 14:11

Cassação de Cunha inicia derrubada do golpismo

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A cassação do deputado golpista Eduardo Cunha, envolvido até o pescoço em corrupção e lavagem de dinheiro, é apenas o pontapé inicial para o “Fora Temer e Fora golpistas”. Eles usurparam o governo e estão colocando o país na rota do caos social, com roubo de direitos e conquistas históricas dos trabalhadores, com entrega de estatais e das riquezas naturais do povo ao capital nacional e internacional, com desmonte do serviço público para todos.

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Com essa definição, o presidente da CUT Brasília Rodrigo Britto sintetizou o sentimento geral de todos os que em Brasília e em todo o País exigiram “Fora Cunha” em manifestações realizadas no início da noite dessa segunda-feira (12). A pressão foi essencial para que a Câmara dos Deputados retomasse a sessão de cassação do mandato do ex-presidente da Casa, um dos artífices do processo fraudulento de impeachment de Dilma Roussef e representante-mor dos setores financiadores do golpe de Estado consumado no País.

Em Brasília, a CUT e as Frentes Brasil Popular e Brasil Sem Medo realizaram manifestação a partir das 18h, partindo do Museu Nacional até a frente do Congresso Nacional.  O ato terminou por volta das 22h, pouco antes da votação na Câmara, que decidiu pela cassação do mandato por 450 votos favoráveis contra dez contrários e nove abstenções. Com a decisão do Plenário da Casa, que coloca fim ao processo de cassação mais longo da história do Conselho de Ética Câmara, Cunha perde também seus direitos políticos por oito anos e o direito a foro privilegiado. Com isso, os vários processos que tramitam contra ele no Supremo Tribunal Federal sobre a Operação Lava Jato serão julgados pela primeira instância.

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O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, disse que “qualquer resultado que não fosse a cassação do Eduardo Cunha seria pavoroso para a história do país, uma vergonha. Foram levantadas contra o Cunha provas suficientes para que ele não só fosse cassado mas encaminhado ao Judiciário para ser preso”.

Para Freitas, “Cunha e Temer são a mesma coisa. Um não existe sem o outro. Ambos tiraram uma presidente eleita do poder, sem qualquer crime, apenas para acobertarem suas falcatruas, e vão pagar por isso. A saída do Cunha é o pontapé inicial para o ‘Fora Temer’”, finalizou.

Unidade

Em Brasília, o ato pelo “Fora Cunha” reuniu servidores públicos de vários estados do país acampados na capital federal, a juventude, integrantes de movimentos sociais e sindical que, juntos, pediram o fim do golpismo que tem objetivo claro de detonar com a classe trabalhadora e a sociedade em geral.


“Não pode parar! Daqui pra frente, é resistir e ocupar”, gritavam os manifestantes em frente ao espelho d’água do Congresso Nacional, em ritmo de samba.

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Marcos Breda, dirigente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, adjetivou Cunha como “ladrão da Pátria brasileira” e disse que a luta continua. “Amanhã (nesta terça-feira), teremos na Câmara dos Deputados a votação que entrega o petróleo brasileiro às multinacionais (PL 4567/2016). Nós defendemos que o petróleo seja para a Saúde e Educação, e não podemos aceitar que ele seja entregue para as multinacionais, como quer o Serra, o Temer e todos os golpistas que tomaram o Brasil de assalto”, informa o petroleiro que participou da manifestação pelo “Fora Cunha”, nessa segunda-feira (12).

Vários atos foram realizados em todo o país na noite dessa segunda para pedir a saída de Cunha e do presidente Michel Temer e por eleições Diretas Já.

Caras de pau

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Cunha, que já teve a maioria dos deputados federais como aliados, terminou cassado, com apenas dez fiéis defensores. Entre eles, Paulinho da Força (SD-SP), dirigente sindical golpista, e Marcos Feliciano (PSC-SP), citado em caso de tentativa de estupro. Além deles, votaram com Cunha Carlos Andrade (PHS-RR), Carlos Marun (PMDB-MS), Arthur Lira (PP-AL), João Carlos Bacelar (PR-BA), Wellington Roberto (PR-PB), Julia Marinho (PSC-PA), Dâmina Pereira (PSL-MG) e Jozi Araújo (PTN-AP).

O líder do governo Michel Temer na Câmara, André Moura (PSC-SE), foi um dos nove deputados que se absteve na votação. Também se abstiveram Rôney Nemer (PP) e Laerte Bessa (PR), ambos representantes do Distrito Federal.

Clique aqui e veja como votaram os deputados federais (http://www.cartacapital.com.br/blogs/parlatorio/cunha-e-cassado-como-votaram-os-deputados)

Fonte: CUT Brasília

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