Banco do Brasil

27 de Agosto de 2008 às 17:17

Carta aberta ao presidente do Banco do Brasil

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Brasília (DF), agosto de 2008.

Sr. presidente,

Recebemos sua carta via revista BB.com.voce. Nela vossa senhoria usa termos que consideramos muito interessantes, como esporte, clima, espírito olímpico, orgulho...

Fomos levados a algumas reflexões sobre inúmeros problemas que enfrentamos no banco atualmente.

Do tema esporte, a primeira lição que tiramos é a de que cada atleta trabalha, ou melhor, atua em uma posição. Lembramos logo do que ocorreu no vôlei feminino em Pequim. Uma atleta precisou se ausentar e foi prontamente substituída por outra que se dedicou, exclusivamente, à sua função. Não foi uma lateral que jogava na outra equipe brasileira classificada para as Olimpíadas.

Outra coisa que nos veio à mente é que, ao falarmos de espírito olímpico, não devemos pensar que o objetivo exclusivo é o topo do pódio ou uma medalha. Cada país sabe de suas limitações. E cada atleta sabe onde pode chegar. A sinergia é outra, o desafio é ponderado.

É tudo muito diferente do que acontece no BB. Aqui no banco o discurso é um, mas a prática é outra. A cúpula quer o impossível, a qualquer custo, não importando as metas e os métodos a serem aplicados. O clima organizacional está indo para ralo. A prática de ranking é degradante, porque não basta competir com suas limitações. Tem que competir com todos.

Pior ainda é na hora de reconhecer o trabalho. Muitos funcionários formaram carteiras de clientes na expectativa de ascensão para gerência de módulo, mas, na hora de ativar as carteiras, cadê orçamento!
Para onde foi a ética, senhor presidente?

Como o BB faz conta de tudo, quanto custa respeitar os direitos trabalhistas, o vale transporte, a hora extra remunerada (7ª, 8ª, 9ª, 10ª...), a implantação do SESMT, o pagamento das substituições que ocorrem na vida real?

O BB pretende fazer economia para “dias difíceis”. Como? Terceirizando? Criando subempregos? Desrespeitando os funcionários?!!

Onde? Nas filas cada vez maiores dos caixas? Ou no gentil convite a que o cliente de menor renda se retire da agência?

Mais uma pergunta: quanto custou o “Estilo do Antônio” nas peças publicitárias? Pode até ter sido pouco em reais, mas com certeza foi muito para nós que defendemos um banco público voltado para o desenvolvimento econômico e social do nosso país.

Às vésperas dos 200 anos do BB, o que vemos, senhor presidente? Vemos a imposição de metas inatingíveis a precarizar a nossa saúde. Vemos a institucionalização do assédio moral. Muito triste tudo isso. Nada lembra a alegria do esporte e o orgulho de vestir a camisa.

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