A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou a convocação dos diretores do BRB, Valdery Frota de Albuquerque e Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto, para explicar aos parlamentares o envolvimento de seus nomes em processos na Justiça Federal, Tribunal de Contas da União e, inclusive, na CPI dos Bingos, realizada no Senado Federal.
Sindicato exige afastamento de diretores
Em razão das informações de que os executivos Valdery Frota de Albuquerque, Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto e Francisco Soares, sobre os quais pesam inúmeras denúncias de improbidade administrativa e gestão temerária, teriam recebido a homologação do Banco Central para assumir a diretoria do banco, o Sindicato encaminhou, em 17 de maio, ofício ao governador José Roberto Arruda (DEM) solicitando o imediato afastamento de todos os diretores do Banco de Brasília denunciados.
Contra Valdery Frota de Albuquerque, Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto e Francisco Soares pesam inúmeras denúncias de improbidade administrativa e, contra os dois primeiros, de gestão temerária quando integraram a alta direção da Caixa Econômica Federal e da Nossa Caixa de São Paulo.
Por causa dessas denúncias, no dia 11 de abril o Sindicato entrou com representação no Banco Central, exigindo que os nomes dos três executivos não fossem homologados para o BRB.
O deputado Rôney Nemer (PMDB) lembrou que à época da sabatina realizada na Câmara para a aprovação do nome do ex-presidente do BRB, Roberto Guimarães, já havia ressalvas quanto aos nomes dos dois diretores. "A deputada Erika Kokay (PT), na época, alertou a comissão sobre os processos judiciais por corrupção que pesavam sobre os dois diretores e aprovamos o nome do presidente recomendando a não nomeação deles, mas de nada adiantou", afirmou Nemer. Segundo a Lei Orgânica do Distrito Federal, a Câmara tem competência para aprovar o nome do presidente do banco, mas não os de seus diretores.
Os deputados Leonardo Prudente (DEM) e Rôney Nemer sugeriram a Paulo Tadeu (PT), autor da convocação, que aprovassem primeiro um requerimento convidando os dois diretores a falarem na comissão, ou seja, sem a obrigatoriedade de virem, mas foram votos vencidos. "Nós não podemos fugir ao nosso dever, os diretores já estão respondendo a processos e continuam no alto escalão do banco, temos que esclarecer essas questões urgentemente", defendeu o petista. A comissão ainda vai decidir a data dos depoimentos.
Com informações da Câmara Legislativa
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