Banco BRB

15 de Julho de 2014 às 02:05

BRB: Sindicato volta a cobrar respostas para reivindicações

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Ladrões roubam rodas de carro de bancário em estacionamento da TI do BRB


O Sindicato não tem notícia de qual providência de segurança a direção do BRB tenha tomado para evitar os arrombamentos recorrentes nos carros dos funcionários da TI, localizada no SIA. Será que vai esperar que aconteça algo pior, fora a escandalosa negligência de ter submetido os trabalhadores a 90 dias respirando vazamento de fossa séptica (entre outras insalubridades) no milionário aluguel da área de informática que o próprio banco agora reconhece como provisória?

Além do grande estranhamento com toda a (falta de) lógica, sob o critério do negócio e mais ainda o das condições de trabalho, o banco foi mais uma vez alertado de que não cumpriu com o blá-blá-blá (conversa vazia e superficial) de que tomaria as providências para minimizar a péssima logística do local.

Neste exato momento, reiteramos a pergunta feita a Paulo Evangelista e seus vice-presidentes, em paralelo sobre o porquê do resultado da apuração, até o momento, rápida como uma “tartaruga”, das responsabilidades pela “pane” marcante de início de dezembro do ano passado, e outros episódios deletérios por causar impactos financeiros e de imagem (ou seria que é a direção do banco, seria o Conselho de Administração - Consad)?, que não implementa, por razões desconhecidas, o trabalho de auditoria já feito?

Reiteramos na reunião o questionamento sobre qual agente teria sido responsabilizado pelas gritantes falhas reconhecidas pela própria direção do banco: o proprietário do imóvel, a anulação ou suspensão do contrato, a empresa de projeto, execução e fiscalização de engenharia, a diretoria do banco responsável pelo acompanhamento deste magnífico contrato assinado em outubro, em meio à greve dos bancários, pelo próprio presidente do banco?

Resposta: ninguém sabe, ninguém viu. O banco parece que está levando o seu pseudo-conceito de “tirar os funcionários da zona de conforto” às vias de fato, literais. Funcionários chegaram a adoecer e muitos passaram mal, numa evidente falha devida à pressa ou ansiedade com que o contrato foi feito, e levado ao absurdo, foi obra do acaso.

Para essas coisas, a direção do banco demora muito, demais.

Caixas e gerentes de expediente

Para cortar postos de caixas e gerentes de expedientes, e agora, ameaçar o corte de gerentes de negócios, a rapidez é total. Só não é plena a assunção de responsabilidade.

Na reunião, o presidente do banco apontou o Consad como o ordenador do corte dos referidos cargos, prioritários para o atendimento ao público, e solicitamos agora que o banco faça um comunicado mostrando a ordem do Consad nesse grau de detalhe.

Também foi dito na reunião que os gerentes gerais é que teriam indicado as vagas que deveriam ser retiradas, num suposto método de consulta. Acontece que, da tarde do dia 9, para hoje, o Sindicato consultou dezenas de gerentes gerais, e a resposta, unânime, é que foram comunicados, e não consultados, de um estudo feito em “instância superior”, portanto, independentemente de reações diferenciadas entre essas gerências aos efeitos do “estudo”, podemos inferir que a alta cúpula do banco procura se eximir, diante do Sindicato, de assumir a sua responsabilidade de determinar como prioridade cortes em cargos mais baixos.

Quanto à edificação de um novo centro de processamento na cidade digital, na qual o banco já adquiriu, faz tempo, um lote, Paulo Evangelista, perguntado pelo Sindicato, estimou em 60 dias a conclusão do estudo sobre que modelo o banco adotará de parceria para a construção.

Essa incumbência estaria sob alçada do vice-presidente do banco Sérgio Nazaré. Provavelmente, falou o presidente, uma PPP (parceria público-privada). Disse, ainda, que, se tudo der certo, como prevê o banco, teremos um magnífico novo centro até o final de 2015.

Viagens internacionais

Quanto às viagens internacionais, muitas delas relâmpago, o presidente, que na maior parte das vezes as realiza pessoalmente (não sabemos se sozinho ou com assessoria de funcionários do banco) realmente as justificou como prospecção para a transposição de modelos de centro internacional financeiro, e tentativa de “captação internacional”.

A primeira, trata do projeto publicamente conhecido como “cidade financeira internacional”, que seria implementado na região administrativa de São Sebastião, dentro do projeto anunciado pelo governador Agnelo Queiroz, em viagem de vários dias por Cingapura, amplamente noticiada pela imprensa, na qual foi contratada a consultoria de lá, a agora famosa “Jurong”, por algo em torno de US$ 9 milhões (mais de R$ 19 milhões) para a realização do projeto conhecido por Brasília 2060.

Paulo Evangelista relatou que foi designado por Agnelo para coordenar a subcomissão deste assunto. E afiançou que na maquete da Jurong, instalada lá na Presidência, já há a previsão certa para a bela nova sede do BRB.

Não perguntamos quais os prazos, orçamentos, preços e condições, bem como os parceiros empresariais e consultoriais envolvidos, além dos recursos públicos, bem como os do banco, empenhados. Há comentários sobre tal projeto dispersos pela mídia e por instituições técnicas, basta pesquisar e constatar o grau de polêmica sobre a empreitada de fôlego que contempla o dobro da atual idade do BRB. Os bancários também comentam a ousada iniciativa.

Quanto à captação em fontes de outras moedas, resta ver funcionalidade e a efetividade, bem como o tempo entre as iniciativas empreendidas, os contatos, as agendas, as instituições e suas respostas, frente ao resultado efetivamente obtido.

Não duvidamos da necessidade de planejamento de longo prazo, e de pensar grande. No entanto, questionamos, inclusive na reunião, as competências, as dimensões, as intenções, os interesses, as proporções, enfim a viabilidade desse tipo de super-projeto, diante de desafios do BRB que nos parecem mais imediatos se visualizamos planos de ação para a hora de hoje, 30, 60, 90 dias, seis meses, seis anos, por exemplo.

Isso tudo, pode ser tomado como reflexão na dissintonia de prazos tomados pela diretoria do BRB. Já estamos com a mão num novo “datacenter”, feito em PPP, mas estamos num imóvel de condições precárias onde não se apuram nem se assumem, condizentemente, desde janeiro (quando se iniciou em grau maior a mudança), responsabilidades pelo que o Sindicato considera um grande erro e uma medida precipitada, não por falta de aviso.

Uma auditoria para apurar responsabilidades e consequências por “pane geral” decorrente de diretivas provavelmente indevidas, particularmente em dezembro passado, já se arrasta por 7 meses, e nada vem de resultado.

Bicicletas

Quanto à questão das bicicletas laranjas, com a convivência lustrosa das marcas do Governo do Distrito Federal (GDF) com o banco Itaú, no projeto Bike Brasília, é de lamentar que, nas palavras do próprio presidente Paulo Evangelista, o banco tenha sido instado a trabalhar na ideia, e o fez, mas por algum descasamento entre o acionista majoritário e o banco público do DF, de certo modo houve essa falta de sintonia que implicou numa perda de oportunidade. O supreendente, independentemente das explicações de rito burocrático, é justificar como e por que, no final, os dois entes que supostamente deveriam atuar em mútuo reforço, conseguem oferecer tal oportunidade ao maior banco privado do país. De quem a responsabilidade?

Entendemos como positivo que a diretoria executiva do banco e Paulo Evangelista finalmente soltem comunicados mais estruturados, no entanto esperamos que a “promessa” de entrega de bicicletas e equipamentos correspondentes ao seu uso com a forte marca do BRB nas cidades do DF encontre caminho legal, administrativo e da governança. Com o empenho dos 24 dirigentes que tínhamos antes do estatuto que ampliou de 8 para 15 os cargos de diretores do banco, e que assim permaneceram em 24, conforme o banco, no final de quase um ano de reforma estatutária, para se viabilizar. Com certeza, e com a ajuda do corpo de funcionários do banco, sairão, Paulo Evangelista à frente, da “zona de conforto”.

O Sindicato aproveitou ainda a reunião do dia 9 de julho para sugerir a todo o Conselho Diretor e a Paulo Evangelista estudar a implantação, por iniciativa própria, de bicicletário “BRB” e instalações de apoio na sede do banco ou no SBS, de modo a iniciar na prática o incentivo desse importante meio de transporte saudável e não-poluente, sem prejuízo de outras iniciativas que coloquem o banco como protagonista no debate da mobilidade urbana.

Será que dura mais ou menos que o novo centro financeiro internacional, ou do que uma auditoria para apuração de responsabilidades em nível de alta gestão?

“Com todos estes elementos que dão o que pensar sobre o descasamento de agilidade e foco (ou falta de) da diretoria do BRB para assuntos diversos, bem como sobre a amplitude e a hierarquia de ações sobre as prioridades mais prementes, reiteramos que o Conselho Diretor, e em especial, Paulo Evangelista, envidem esforços no sentido de resolver pendências muito mais terrenas do que a futurista e sedutora e cara cidade financeira internacional na qual o BRB já teria nova sede garantida”, afirmou o secretário de estudos Socioeconômicos do Sindicato, Cristiano Severo, que também é bancário do BRB.

Da Redação

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