O Sindicato foi chamado pelo BRB para a terceira rodada de negociações que ocorreu às 14h30 desta segunda-feira (5).

Na reunião o banco apresentou alguma evolução ao se comprometer a seguir o que for pactuado entre o Comando dos Bancários e a Fenaban, formalizando ainda a mesma proposta de 6,5% mais abono. O Sindicato salientou que esta proposta já havia sido avaliada pelos bancários e reprovada, motivo pelo qual o Sindicato também rejeitou em mesa a proposta.

Para Ronaldo Lustosa, o compromisso de seguir a Fenaban é alguma evolução, mas é totalmente insuficiente para os bancários.

O Banco também não apresentou nenhuma novidade no tocante à pauta específica. Nenhum ponto atendido nesta rodada.

Os dirigentes sindicais informaram ao banco da importância do atendimento a itens da pauta formulada pelos bancários do BRB e que mesmo em greve esperam que o banco apresente proposta que venha atender as reivindicações.

Desrespeito

A diretoria do BRB está se especializando em desrespeitar os trabalhadores. Além de não apresentar nada que contemple a pauta específica dos bancários do BRB, nesta segunda feira, 05 de setembro, ainda enquanto ocorria a negociação, o banco divulgou sua proposta, antes de qualquer manifestação do Sindicato em mesa.  No material utilizado na divulgação, o banco mais uma vez insinua que os bancários do BRB têm benefícios muito altos, ao compará-los com benefícios dos demais bancários. Esta atitude é a demonstração do comportamento tacanho da diretoria do banco, que, além de desrespeitar o processo negocial, divulgando proposta enquanto ainda se discute, tenta criar um clima de que os bancários do BRB já são por demais favorecidos por terem benefícios superiores. Cabe destacar, embora os benefícios tenham sido fruto de muita luta dos bancários do BRB, que o banco os chama de benesses. A este absurdo só podemos responder com uma forte greve, juntamente com os demais bancários.

Reuniões

Chegou ao Sindicato a informação de que diversos gestores foram orientados a fazerem reuniões com suas equipes nesta segunda-feira (5), em que o teor da discussão girou em torno da possível dificuldade do banco em melhorar as condições salariais dos funcionários. Segundo diversos bancários, teria sido comentado nestas reuniões que a folha de pagamento do BRB poderia quebrar o banco.

O Sindicato rejeita veementemente este tipo de procedimento. Primeiro porque trata-se de fazer terrorismo com quem efetivamente constrói o banco no dia a dia. Segundo, porque qualquer gestão séria deve buscar equilíbrio e crescimento via geração de receita. É óbvio que deve se ter responsabilidade com a despesa, porém, o que se vê no BRB é um excesso de ataques aos trabalhadores com o intuito de diminuir despesas de pessoal, e uma certa irresponsabilidade com despesas administrativas. Como exemplo basta observar o exponencial crescimento das despesas de marketing do BRB, que cresceram quase 50% comparativamente com o primeiro semestre de 2015.

“Se o banco crê que sua performance só melhorará com a diminuição de despesas, o que demonstra uma diretoria inábil para alavancar o resultado, que reveja gastos absurdos como estes com publicidade em excesso, praticamente sem necessidade, visto se tratar de patrocínios que, em quase sua totalidade, nada agregam ao negócio do BRB. Outra coisa, antes de atacar os trabalhadores, porque não reduzir a cabeça inchada da gestão, com excessos de diretores e superintendentes, o que é completamente desproporcional para uma empresa com pouco mais de 3.000 funcionários. Só como exemplo, cada diretor(a) custa em torno de R$ 1.100.000,00(um milhão e cem mil reais) anuais ao banco, e cada superintendente R$700.000,00(setecentos mil reais). Um escriturário, por sua vez, custa  pouco mais de R$ 70.000,00. Soa um absurdo buscar a solução com ataques aos trabalhadores, especialmente aqueles cuja remuneração é infinitamente inferior à da alta administração”, finaliza Eustáquio.

Da Redação