2007 foi estranho e extremamente difícil para o BRB, especialmente pela indefinição da composição de sua diretoria, o que demonstra um desapreço do governador Arruda para com o banco.

Só para ilustrar, passaram pelo BRB quatro presidentes: Tarcísio Franklim, Roberto Figueiredo, Laécio Barros e agora Francisco Flávio, e nenhum deles em caráter definitivo.

“O governo precisa ter mais respeito para com esta instituição, apresentar formalmente o nome de Francisco Flávio para a Câmara Legislativa, para que esta possa sabatiná-lo, oportunidade em que inclusive se pode cobrar dele uma posição oficial sobre o que o go-vernador realmente propõe para o futuro do banco”, cobra André Nepomuceno.

É fundamental ainda recompor a diretoria, indicando titulares para aquelas pastas que estão sendo administradas interinamente, pois isto dificulta o bom caminhar dos negócios do BRB.

Informática

A MSA, contratada na gestão do então presidente do BRB Tarcísio Franklim e uma das empresas que financiaram a campanha do governador Arruda, mantém os contratos para prestação dos serviços de informática do banco.

Esta área apresenta diversos problemas, pois até hoje o BRB tem sérias dificuldades, sem falar nas inúmeras denúncias que pesam contra este setor do banco. O mais contraditório é que o diretor de Tecnologia, Aires Hypólito, indicado por aliado político do governador Arruda para esta diretoria, chegou como sendo expert na área, e até agora não se viu nada muito diferente nem nas contratações e subcontratações de empresas nem na composição das FGs.

Operação de crédito irregular

O Sindicato recebeu informações dando conta de que uma empresa com operação de crédito junto ao BRB propôs um valor para quitação desta operação, montante este acertado com o banco, que seria da ordem de pouco mais de R$ 3 milhões, mas valor dentro dos parâmetros de uma boa negociação.

Após este acordo, segundo os rumores, por ingerência do diretor de Administração e que responde interinamente pela diretoria de Gestão de Recursos Financeiros, Jorge Luiz Roxo Ramos, este valor teria caído substancialmente, o que lesaria os cofres do BRB e levaria a perguntar sobre o destino de tão generoso desconto para uma empresa de grande porte. Aliás, pesam também contra o diretor interino de Recursos Financeiros rumores de que teria interferido na mesa de negócios para que esta comprasse títulos de baixíssima rentabilidade, que de forma alguma atendem aos interesses do banco. Por que seria?