Banco BRB

16 de Julho de 2008 às 11:20

BRB: nova auditoria indicará futuro do banco

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Foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal de quarta-feira 9 de julho decreto que autoriza a contratação de uma nova empresa para fazer a precificação do BRB. O edital de licitação deve ser divulgado até o final deste mês. Embora não haja informação oficial, circula no BRB que a empresa KPMG – contratada anteriormente para precificar o banco e a folha de pagamento –, deixou de considerar alguns passivos da instituição.

Segundo o secretário de Fazenda do Distrito Federal, Ronaldo Lázaro Medina, a nova empresa de consultoria terá 70 dias para entregar seu relatório. Os custos da nova auditoria estão orçados entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões, segundo Medina. De acordo com o secretário, o futuro do BRB só será definido depois da conclusão da nova auditoria.

A pedido do próprio BRB, a empresa KPMG já fez um trabalho de auditoria nas contas do banco, porém, segundo Medina, as informações coletadas não foram suficientes para a tomada de decisão do governo sobre o futuro da instituição. “Houve avaliação do BRB, mas não atende aos requisitos para uma decisão de alienação [venda], que é o mais provável”, disse.

Ainda de acordo com o secretário, faltam dados como os riscos jurídicos, tributários, trabalhistas e da carteira de ativos, por exemplo.

E, para uma real radiografia do banco, é fundamental consolidar informações precisas. O Sindicato cobra da direção do BRB e do GDF que se posicionem sobre o processo, até porque a contratação da KPMG envolve recursos públicos. E questiona, inclusive, se houve pagamento integral dos serviços da empresa.

“É natural que coloque em dúvida o pagamento de um serviço que não ficou a contento, resultando na contratação de outra empresa para refazer o trabalho e, consequentemente, atrasando ainda mais uma definição sobre o futuro do banco, o que gera instabilidade para a empresa e angústia para os funcionários”, afirma Antonio Eustáquio, secretário de Imprensa do Sindicato e funcionário do BRB.

Venda depende de vários fatores

Medina argumentou que a decisão de vender o banco passa não somente por análises técnicas de responsabilidade da Secretaria de Fazenda, mas também por questões jurídicas e políticas que dependem de avaliação do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).

Além do BRB, o Banco do Brasil também está em negociação para incorporar o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), a Nossa Caixa, de São Paulo, e o Banco do Estado do Piauí (BEP).

Banco se moderniza para aumentar
valor de mercado, diz secretário

Com a possibilidade de ser incorporado pelo Banco do Brasil, o BRB passa por um processo de reorganização interna e de modernização para aumentar o valor de mercado, informou o secretário da Fazenda do Distrito Federal, Ro-naldo Lázaro Medina.

De acordo com ele, os ajustes são necessários para manter como clientes os 180 mil servidores do governo local que recebem atualmente pelo BRB. Eles representam 40% dos atuais clientes do banco.
Além disso, o BRB está atento à portabilidade, mecanismo que começa a valer a partir de 2012 e que permitirá que os funcionários escolham o banco pelo qual querem receber os salários.

O secretário afirmou que se o governo optasse por vender somente a folha de pagamento dos servidores ativos e inativos do DF, seria o mesmo que “desmontar o banco”. “Hoje, o banco vale basicamente pela folha”, admitiu.

Entretanto, segundo o secretário, essa proposta não foi levada adiante porque o BRB não teria condições financeiras e, com isso, descumpriria o acordo de Basiléia, que trata da solvência dos bancos. No ano passado, o lucro líquido do BRB chegou a R$ 100 milhões.

De acordo com o secretário, uma das ações que estão sendo adotadas para valorizar o BRB é a incorporação da Financeira BRB ao banco, o que vai reduzir em R$ 5 milhões, por ano, o pagamento de tributos federais.

Também estão sendo feitos investimentos em modernização tecnológica, o que permitirá ampliar os serviços pela internet. O banco conta com a mesma plataforma de gerenciamento de dados há dez anos. Outra ação é ampliar a oferta de crédito. Atualmente, o BRB não oferece, por exemplo, operações de leasing aos clientes.

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