Em entrevista publicada no Correio Braziliense desta sexta-feira (16) – por ocasião da divulgação do resultado do banco do primeiro semestre –, o presidente da instituição financeira, Paulo Evangelista, voltou a defender as alterações ocorridas na alta administração do banco, afirmando que, embora tenha aumentado o número de diretorias, houve redução de gastos.
Em ofício encaminhado ao banco no dia 6 de agosto, cujo conteúdo o Sindicato disponibiliza
aqui, os dirigentes sindicais solicitaram informações sobre a nova estrutura administrativa e outros fatos relevantes em curso no BRB.
Por ocasião da entrega da pauta de reivindicações para a Campanha Salarial deste ano, ocorrida em 7 de agosto passado, o Sindicato voltou a reiterar a cobrança das informações solicitadas no ofício. Até agora, o BRB não se dignou a dar respostas aos questionamentos do Sindicato.
Dentre as informações solicitadas, consta o pedido de demonstração da alegada redução de custos ocorrida com a reestruturação da diretoria, pois, segundo informações chegadas ao Sindicato, tal redução não ocorreu. Aliás, o que houve foi um aumento de custos da ordem de aproximadamente R$ 4 milhões.
No ofício, o Sindicato também solicitou informações sobre o possível contrato com a empresa de consultoria Accenture, responsável pelo desenho da nova estrutura diretiva do banco, cujo trabalho feito custou ao BRB em torno de R$ 4 milhões, que teria continuidade, conforme o contrato original.
Contrato milionárioO atual presidente, quando de sua chegada ao BRB, juntamente com a diretoria de então, suspendeu o contrato. Agora, passados sete meses de sua posse, decidiu pela recontratação a um custo bastante superior ao original. Segundo circula no Edifício Brasília, a sede do BRB, o novo contrato com a Accenture será superior a R$ 20 milhões, um valor equivalente a 20% do lucro de um semestre do banco. E o pior, de acordo com diversos funcionários com cargos de destaque no BRB, o trabalho solicitado pode muito bem ser realizado por público interno, no máximo contando com a assessoria de consultores para subsidiar o trabalho, o que não justifica o contrato milionário com a Accenture.
Consta ainda no ofício solicitações de informações sobre um possível fundo imobiliário, que tem o objetivo de captar recursos lastreados com a venda de imóveis próprios do BRB (agências), cujo estruturador seria um banco de investimento chamado Brasil Plural. Referente a este fundo, o Sindicato busca informações sobre questões técnicas e ainda sobre a pertinência de realizar tal operação neste momento.
Como se vê, há várias indagações importantes sobre fatos relevantes que podem afetar o futuro do banco, o que preocupa sobremaneira o Sindicato, que se viu na obrigação de buscar respostas, uma vez que é questão precípua a defesa do BRB banco público.
O Sindicato e os funcionários do BRB, bem como toda a sociedade do Distrito Federal, esperam respostas da diretoria do BRB.
Da Redação