Banco BRB

4 de Setembro de 2015 às 12:25

BRB: financeira está acéfala e dando prejuízo

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A Financeira BRB, após as operações desastrosas de empréstimos para cooperativas que resultaram em prejuízos superiores a R$ 70 milhões, ainda no governo Arruda, a partir de 2012 se recuperou e contribuiu para o resultado geral positivo do banco. Este cenário de lucro perdurou até abril passado, quando a Financeira ainda apresentava um lucro de aproximadamente R$ 4 milhões.

Porém, a situação da Financeira se inverteu a partir de maio, e agora no término do primeiro semestre de 2015 apresentou um prejuízo de R$ 1,6 milhões, conforme demonstrativos de resultados do conglomerado BRB.

Pode parecer coincidência, mas tal situação ocorreu a partir do momento em que a Financeira ficou acéfala, sem presidente (o ex-presidente foi exonerado neste mesmo período) e com as demais diretorias sendo ocupadas interinamente pelos diretores do banco Carlos Raposo (Financeiro) e Cristiane Bukovics (Pessoal).

No entanto, como estes diretores devem ter uma agenda pesada no banco, é fácil perceber que não lhes resta tempo para se dedicar à Financeira.

A falta de presidente decorre da não aprovação pelo Banco Central, até agora, do nome de Geraldo Lourenço de Almeida, indicado pelo governador Rodrigo Rollemberg para a presidência da empresa. Almeida é aliado do deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF).

“É estranha essa demora na aprovação do nome do indicado, cuja análise no Bacen já se arrasta desde junho passado”, observa André Nepomuceno, diretor da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN). Segundo ele, deve haver alguma dificuldade de o órgão regulador aprovar este nome, visto que ele, em seu currículo, não traz experiência relevante à frente de instituição de crédito.

Para Nepomuceno, chama a atenção o fato de que o governador, para indicar Geraldo Lourenço, destituiu o ex-presidente que recuperou a Financeira e havia sido confirmado pelo próprio Rollemberg no cargo.

“Tudo isso provavelmente para acomodar um aliado político, mesmo o governador afirmando constantemente que seu governo não seria formado através de conchavos políticos”, avalia o diretor da Fetec-CUT/CN, para quem esta inversão de resultados está intimamente ligada a este uso político dos cargos de gestão da instituição.

Da Redação

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