O BRB encerrará as atividades de duas agências no final deste mês, de acordo com informações do próprio banco. As unidades a serem desativadas são as  SindiSIA e Conic. Surgiram rumores de que a agência Shopping Popular também seria fechada, porém não houve confirmação.

Segundo o banco, a medida visa a racionalização de gastos e maior eficiência, para acabar com a superposição que ocorre com estas unidades.

A argumentação do BRB é de que tais agências são desnecessárias, pois se localizam muito próximas de outras que têm estrutura maior, o que permite a absorção das carteiras destas. Para o banco, a agência SIA pode absorver a SindSia, e a Conic pode ser absorvida tanto pela agência Central, quanto pela Conjunto Nacional. Ainda sobre a agência Conic, o banco cita a proximidade da agência SCS.

Também referente a esta situação, o banco afirmou que não se trata de medida sistemática de fechamento de unidades, tal como está ocorrendo no Banco do Brasil, mas sim pontual e que atingirá apenas estas agências.

Questionamentos

O Sindicato questiona estes fechamentos, pois as agências SindSia e Conic, embora estejam localizadas perto de outras unidades do BRB, são superavitárias e cumprem suas metas.

Outro aspecto estranho, e que chama a atenção, é que nestas unidades ocorreu algo que é absolutamente incompatível e atenta contra o bom senso e as boas práticas administrativas: o banco realizou investimentos em ambas.

Na agência SindSia, recentemente aconteceram reformas. Ela também foi piloto na instalação dos novos caixas automáticos. Ou seja, dinheiro desperdiçado, visto que o banco estudava seu fechamento.

Na agência Conic, onde também foram instalados os novos caixas automáticos, o aluguel vai até 2018. No caso de fechamento, provavelmente, o banco terá de pagar multa pelo rompimento do contrato de aluguel.

“É incongruente uma administração que realiza investimentos em agências para depois fechá-las. Talvez o BRB seja a única empresa que faz uma coisa destas. E pior, em um ambiente em que o discurso, quando se trata de pessoal, é de que é imperioso apertar o cinto e cortar custos. Com este comportamento, este discurso não se sustenta”, critica o diretor do Sindicato e funcionário do BRB Daniel de Oliveira.

Funcionários

O Sindicato está cobrando do banco respeito aos funcionários destas unidades. Primeiro que eles sejam alocados em agências próximas às suas residências. Também reivindica que nenhum trabalhador seja prejudicado financeiramente com os encerramentos das unidades, de forma que todos aqueles que sejam caixas, orientadores ou comissionados, continuem com suas funções e atividades gratificadas em suas novas lotações.

Da Redação