Quarenta e nove mil, novecentos e três reais versus R$ 2.071. Essa é a diferença (2.409%) de remuneração existente no BRB. A discrepância de proventos foi verificada após a circulação, no banco, de um gráfico contendo a remuneração dos dirigentes, inclusive o valor da Participação nos Lucros e resultados (PLR), que causou pasmo geral: o presidente recebe nada mais nada menos que R$ 299.000 de PLR por ano, ao passo que um escriturário, considerando o lucro do segundo semestre de 2012 e do primeiro semestre de 2013, deverá receber pouco mais de R$ 7.000 (valor bruto).
O mesmo documento mostra a remuneração dos vices-presidentes no valor de R$ 42.000 e PLR de R$ 252.000. Os demais diretores recebem R$ 32.000 e PLR de R$ 192.000. Com essas robustas remunerações, fica difícil de confirmar o que o banco tem anunciado: as mudanças administrativas na direção promoveram redução global dos gastos com pessoal.
Nada contra uma boa remuneração. Ocorre que ela tem de ser para todos. E este é o momento de a diretoria do banco atentar para a necessidade de valorização dos funcionários, pois estamos em plena campanha salarial, e até agora o banco não apresentou nenhuma proposta.
Uma de nossas principais reivindicações é exatamente sobre a valorização do piso, que deveria ser de, no mínimo, R$ 2.860,21, equivalente ao salário mínimo calculado pelo Dieese, tomando como base o texto constitucional sobre qual deveria ser o valor deste.
Como se vê, o movimento sindical cobra reivindicações justas e factíveis, nada de exorbitante como os salários dos que dizem que o banco não suporta atender ao que reivindicam e merecem os funcionários; isto além de outras atitudes esdrúxulas como desligar ar condicionado e retirar lâmpadas para evitar que sejam ligadas no Edifício Brasília, com o discurso de que o banco deve diminuir custos.
Da Redação