A insistência da diretoria do BRB, especialmente do diretor de Tecnologia, Américo Rodrigues, em comprar um novo mainframe (computador de grande porte) da IBM fará o banco dispender mais de R$ 80 milhões, caso a aquisição, que já está na área de compras do banco, se concretize.

A opção pelo equipamento da IBM parece ter se tornado uma obsessão para o referido diretor, que tem demonstrado uma veemência incomum nesta aquisição,  com o discurso de que será a redenção dos problemas da Informática do BRB.

Embora tenha acabado a pressão para que todos os gerentes da Informática assinassem documento que respaldasse a compra, a intenção de aquisição permanece, apesar da posição de diversos funcionários da área, inclusive gerentes, de considerar esta compra uma precipitação, uma vez que o atual equipamento seria suficiente por um bom período de tempo, haja vista que, segundo eles, o problema da Informática do banco não é de mainframe e sim de sistemas.

Os funcionários da Informática apontam ainda a ausência da determinação de troca do equipamento no Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI), o que torna o açodamento da diretoria mais estranho.

Algo que chama a atenção nesta situação é que a troca do mainframe não será acompanhada da troca do sistema SADS, cuja empresa que detém exclusividade sobre ele é a empresa Spread, que presta serviço para o BRB. Com esta situação, os funcionários da área são unânimes em afirmar que a compra fará com que o banco mantenha dois contratos, um em função da nova aquisição – IBM – e outro com a Unisys, cujo equipamento conviverá por um bom tempo com o da IBM.

Aliado ao que afirmam diversos funcionários da Informática de que não se justifica a aquisição do IBM neste momento, depreende-se que haverá o comprometimento de uma boa quantia de dinheiro em algo não tão necessário assim, pelo menos para o médio prazo.

Da Redação