Banco BRB

1 de Fevereiro de 2008 às 16:21

BRB compra folha de pagamento e GDF descarta privatização

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O governador em exercício do DF, Paulo Octávio, afirmou nesta quinta-feira 31 de janeiro que “acabou qualquer onda de privatização” do BRB e que estão encerradas as negociações com o Banco do Brasil sobre uma possível transferência de gestão. A declaração foi feita após assinatura da proposta apresentada ao GDF da compra, pelo BRB, da folha de pagamento dos servidores do governo no valor de R$ 800 milhões. 

“Assinado este documento, acabou qualquer onda de privatização e encerramos as negociações com o Banco do Brasil”, disse o governador. A proposta foi assinada por todos os diretores do banco. De acordo com informações divulgadas no site do GDF, atualmente a folha de pagamentos do governo local gira em torno de R$ 3 bilhões mensais. Todos os 180 mil servidores do governo local recebem pelo BRB e representam 40% dos atuais clientes do banco.

O valor seria repassado em oito parcelas semestrais de R$ 100 milhões, sendo a primeira cota com vencimento no dia 30 de junho deste ano. De acordo com o governador em exercício, a proposta agora será analisada pela Câmara Legislativa, pela Secretaria da Fazenda e pela Procuradoria-Geral do DF. A resposta final ao banco será dada no dia 11 de fevereiro.

O contrato entre GDF e BRB, se for consolidado, só poderá valer até 2012. A partir desta data os servidores públicos terão direito a abrir uma conta-salário em qualquer instituição financeira de sua preferência.

Sindicato recebe notícia com ponderação

O Sindicato estranha a necessidade de o BRB comprar esse ativo, uma vez que o banco foi pensado e criado, desde o início, como um agente financeiro do Distrito Federal. São mais de 40 anos de serviços prestados ao GDF, inclusive a gestão da folha de pagamento, com eficiência e sem remuneração para isso. Ao longo desses mais de 40 anos, o BRB tem prestado inúmeros serviços ao governo sem cobrar absolutamente nada. Em um encontro de contas, é provável que se constate que o GDF seja devedor do BRB. O governador, porém, com sua sanha neoliberal e influenciado pelo fetiche da moda, que é a venda de folhas de pagamento, afirma categoricamente que não abre mão de ganhar dinheiro de qualquer agente financeiro com esta negociação, incluindo aí o BRB.

Por outro lado, o Sindicato entende como positiva a iniciativa do BRB, pois demonstra a capacidade do banco de se manter como instituição pública do DF, o que indica a sua solidez e viabilidade econômica. Além do mais, isso reforça a posição que o Sindicato sempre defendeu: a manutenção do BRB como banco público do DF.

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