Banco BRB

17 de Abril de 2009 às 08:26

BRB Clube: diretoria do BRB pode impor prejuízo aos funcionários

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A diretoria do BRB, em especial seu presidente, Ricardo Vieira, de forma intransigente, está tentando impor um prejuízo ao patrimônio do BRB Clube, que pertence aos funcionários ativos e aposentados do banco.

Explicando: o Clube é proprietário, hoje, de 100% da Corretora de Seguros e de 55% da Cartão BRB. Traduzindo em números, isso significa um patrimônio de R$ 118 milhões. O BRB possui a marca e o balcão para a negociação de produtos da Corretora e da Cartão; o Clube tem um contrato de utilização da marca e do balcão do BRB, que pode, ao término desse contrato, rescindi-lo, o que não é bom nem para o Clube nem para o banco, pois parte da sua receita, oriunda da negociação de seguros e cartões, ajuda a financiar o BRB Saúde.

A direção do BRB decidiu que, para a re-novação do contrato, deve ser feita uma reorganização societária das empresas (Corretora e Cartão). Através de uma consultoria contratada pelo BRB Clube para precificar as empresas, o balcão e a marca, visando um contrato de pelo menos dez anos, chegou-se à seguinte formatação: da nova empresa o Clube ficaria com 30,3% e o banco com 69,7%. Essa composição garante a preservação do patrimônio do Clube hoje em aproximadamente R$ 118 milhões.  
Ocorre que, apesar de o governador ter afirmado que não irá vender o BRB, existe uma negociação em curso entre o Banco do Brasil e o GDF e nesta venda o preço da Corretora e da Cartão pode variar.
O Sindicato e a AFABRB (Associação dos Funcionários Aposentados do BRB), que têm acompanhado e participado dessa discussão, apresentaram parâmetros que garantem, tanto em caso de venda ou não do BRB, a preservação do patrimônio do Clube, mas ela foi veementemente rejeitada por Ricardo Vieira. O presidente, de forma açodada e autoritária, está pressionando o Conselho Deliberativo a decidir pela reorganização societária nos moldes que ele deseja (ou o governo manda), ou seja, prejudicando os funcionários.

Aliás, é esdrúxulo, mas o estatuto do Clube diz que decisão de tal natureza pode ser tomada pelo Conselho Deliberativo à revelia de uma assembleia dos reais donos do Clube, os funcionários ativos e aposentados, o que contraria a lógica elementar de uma entidade juridicamente coletiva.

O Sindicato e a AFABRB buscarão mecanismos para evitar que isso ocorra e cobram responsabilidade dos conselheiros do BRB Clube para que não tomem uma decisão desfavorável aos funcionários e precipitada no tempo, pressionados que estão pela direção do BRB, o que não os exime de exercerem sua autonomia diante de sua responsabilidade com o interesse coletivo.

O Conselho Deliberativo se reúne nesta sexta-feira, dia 17, às 14h. O Sindicato solicita a ele que exerça seu papel com prudência e responsabilidade, e que, no mínimo, decida por dar mais tempo para que haja espaço para negociação com a direção do banco.  

São os seguintes os conselheiros do BRB Clube: Romes Ribeiro (advogado do BRB), presidente do Conselho; Cynthia Freitas, assessora da diretoria; Antonio Carlos, aposentado do BRB e funcionário da Regius; Maria de Lourdes Batista, secretária da presidência; e Paulo Renato, gerente executivo. Cabe também ao presidente do BRB Clube, Pedro Caixeta, responsabilidade nesse processo.

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