Uma das reivindicações apresentadas ao BRB na última negociação refere-se às operações com os super endividados do GDF, que estão renegociando suas dívidas a uma taxa de 1.2% ao mês, o que, segundo funcionários do banco, pode gerar prejuízo. A preocupação destes funcionários é a de que a operação, sendo deficitária, poderia acarretar resultado negativo para a agência de origem.

O BRB reafirmou que a taxa se refere a um universo muito pequeno de renegociações (aproximadamente 400 pessoas) e que ela não causará prejuízo em hipótese alguma. Disse que a não renegociação é que poderia causar algum prejuízo, pois os tomadores que se encontram nesta situação poderiam se tornar inadimplentes, gerando, aí sim, um prejuízo para a agência de origem da operação.

Sobre a situação de super endividamento dos funcionários do banco, a comissão de negociação informou que foi constituída uma comissão interna que preparará uma proposta que vá ao encontro da necessidade destes funcionários.

Participaram da negociação os diretores do Sindicato Eustáquio Ribeiro, Ronaldo Lustosa, Cida Sousa e Cristiano Severo, além do secretário de Bancos Públicos da Fetec-CUT/CN, André Nepomuceno.

Gerentes de negócio do cadastro reserva do BRB terão de aguardar para efetivação

Na negociação com o banco também foi abordada a situação dos funcionários que foram aprovados no concurso interno para gerentes de negócios. De todos os aprovados, há ainda 48 que aguardam efetivação.

O BRB mais uma vez assegurou que, surgindo vagas, será obedecida estritamente a ordem de classificação dos aprovados para que ocupem as vagas. Porém, o banco disse também que está em curso uma avaliação do modelo de atendimento, que dimensionará a necessidade de cada agência quanto ao número de gerentes. Após o término desta avaliação é que o banco poderá tomar uma decisão sobre a efetivação dos que aguardam na lista de espera, disseram os negociadores da instituição.

Ainda sobre esta questão, após ponderações do Sindicato sobre os desligamentos resultantes do PDVI, que pode impactar na necessidade de novos gerentes de negócio, o banco disse que até agora foram poucas adesões deste segmento, que podem ou não se materializar em desligamento. Afirmou também que, mesmo após os desligamentos, somente com o resultado dos estudos do novo modelo de atendimento é que terá condições de aferir se há ou não necessidade de reposição.

O Sindicato questionou ao banco a situação decorrente de substituições na função de gerentes de negócio, e cobrou a observância do acordado de que nas agências em que houver funcionário que aguarda a efetivação, ele terá a prerrogativa da substituição para a referida função.

O banco reafirmou que esta é a orientação. O Sindicato cobrou que seja feito pelo banco um novo comunicado, veemente, sobre esta orientação, visto que há casos em que o gestor da unidade onde há alguém nesta situação não está seguindo a determinação.

Por fim, o Sindicato, atendendo a uma solicitação do grupo de funcionários que aguardam a efetivação como gerentes de negócios, solicitou uma reunião com as diretoras Kátia Peixoto, da Rede, e Cristiane Bukowitz, de Pessoal, para tratar desta questão. O banco ficou de dar resposta na próxima negociação, na quarta-feira (23).

“O banco gastou recursos importantes para treinar os aprovados no concurso interno para gerentes de negócio. Nestes tempos em que os negócios se tornam cada vez mais difíceis, nada mais necessário do que ter gente nova e disposta para prospectar novos clientes para o banco. Assim, é imprescindível o banco utilizar esta mão de obra extremamente capacitada para ajudar a alavancar seus negócios. Estes funcionários que aguardam a efetivação como gerentes de negócio só têm a contribuir com o banco”, comenta Eustáquio Ribeiro, diretor do Sindicato. 

Veja as agências onde estão lotados os funcionários que aguardam efetivação como gerentes de negócio, e que tem a prerrogativa de substituição caso haja necessidade nestas unidades:

Da Redação