Nas reportagens publicadas pela imprensa local sobre o futuro do banco, chegou-se ao cúmulo de afirmar que o BRB precisa de aporte de mais de R$ 300 milhões para se adequar ao Acordo de Basiléia II. Some-se a isso a insistência de destacar que a portabilidade das contas-salário, a partir de 2012, vai provocar um revés violento, o qual o BRB não suportaria.

O Sindicato sempre afirmou e continua insistindo que o BRB é viável, desde que tenha gestão competente, ética e comprometida.

Desde 2006, os resultados do banco ratificam esta visão do Sindicato, uma vez que o BRB tem apresentado rentabilidade dentro da média do sistema financeiro.

Aqueles que defendem a venda do BRB – governador Arruda e seus apoiadores –, devem deixar de utilizar argumentos incoeren-tes para justificar o seu ponto de vista e assumirem que a venda do banco é uma decisão deles.

“Continuaremos defendendo que o melhor caminho para o BRB é a sua manutenção como banco público do DF e, dentro de uma decisão de venda do banco, consideramos a incorporação pelo Banco do Brasil o único caminho admissível”, destaca André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato e funcionário do BRB. 

O que é o Acordo de Basiléia II

O Basiléia II, abreviatura para “O Novo Acordo de Basiléia sobre Capitais”, é um acordo internacio-nal publicado em junho de 2004, que determina as regras de gestão de risco que os bancos estão a adotar de forma a conseguirem acompanhar as mudanças que as entidades reguladoras estão a ope-rar. Estas regras querem limitar a possibilidade de ocorrência de uma crise bancária internacional, assegurando para isso que cada banco disponha, individualmente, de níveis de capital suficientes para realizar as atividades que pressupõem algum risco. Em resposta a estas preocupações, o Basiléia II veio introduzir mecanismos de avaliação do risco bastante sofisticados, para avaliação interna do risco.