A greve dos bancários, iniciada no último dia 30 de setembro em Brasília, ganha dimensão nacional nesta quarta-feira 8 de outubro. Para isso, a categoria em todo o país realiza assembléias decisivas nesta terça 7.

Os funcionários do BRB, que deram uma demonstração inequívoca de força na semana passada, quando pararam um número expressivo de importantes agências, devem potencializar a greve nacional e fortalecer as negociações específicas. Para fazer essa força, é necessário o comparecimento de todos à assembléia.

As negociações com os representantes do BRB continuam. Até agora não há definição concreta de avanços, embora haja sinalizações positivas para novas conquistas.

A Campanha Nacional é definida com uma parte geral e outra em mesa específica. Em relação às questões econômicas gerais, a negociação se dá em mesa única com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A direção do BRB se comprometeu a seguir o que for acertado com a Fenaban. Os bancários do BRB podem intensificar o movimento com os trabalhadores dos demais bancos.

“Quanto mais bancários aderem à greve, mais pressão exercemos sobre os banqueiros. Unidos, nossa capacidade de negociação se fortalece e as reivindicações ficam mais próximas, abrindo caminho tanto para a proposta geral quanto para a pauta específica no BRB”, destaca Antonio Eustáquio, secretário de Imprensa e funcionário do BRB.

Greve não interfere no processo de venda do banco

Embora acompanhe a apreensão dos bancários do BRB, em virtude da indefinição do futuro do banco, o Sindicato deixa bem claro que a Campanha Nacional não interfere nas negociações do governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), para a venda ou incorporação do BRB pelo Banco do Brasil. A responsabilidade pelo futuro do banco é exclusiva do Governo do Distrito Federal (GDF). Sobre este assunto, a campanha do Sindicato e dos funcionários antes, durante e depois da campanha nacional passa por exigir que não pesem sobre os bancários do BRB nenhum ônus por uma decisão pela qual não optaram, a da venda do banco.

É preciso somar à luta contra a privatização a cobrança de garantia de empregos, salários e direitos.

“Os bancários do BRB têm um histórico de lutas e mobilizações, e a sua maior garantia para superar adversidades e intensificar a participação na greve é o compromisso deste momento. Os colegas devem se juntar ao movimento para somar forças para esta luta e outras que virão”, lembra André Nepomuceno, diretor do Sindicato e funcionário do BRB.

Após a assembléia, o Sindicato realiza reunião específica com os funcionários do BRB, como sempre faz, para organizar a greve no banco.

Assembléia hoje, às 18h, no Setor Bancário Sul
Compareça. Não deixe que os outros decidam por você.