A data de 30 de setembro foi confirmada, ontem, como o Dia D da incorporação do Besc pelo Banco do Brasil. A notícia foi dada após anúncio do presidente do banco catarinense, Luís Mário Lepka, de que a instituição terá seu valor de mercado apresentado oficialmente na primeira quinzena do próximo mês.
A determinação do preço da instituição é uma das principais etapas para efetivação da incorporação. O cálculo, feito por auditoria externa da BDO Trevisam, deve ser apresentado em um comunicado de fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nas próximas semanas.
Até o início do mês, o Dia D estava previsto para 29 de agosto, mas acabou adiado para 30 de setembro em decorrência de atrasos no processo de incorporação.
Agora, além do preço de mercado, o banco deve ter resolvido outro entrave para a incorporação, desta vez relativo a uma dívida do governo estadual pela aquisição de cinco imóveis do Besc, entre eles o prédio do Centro Administrativo.
De acordo com o presidente do Besc, o pagamento está previsto para os próximos meses.
- Não há mais entraves, apenas um processo muito grande que estamos resolvendo ponto por ponto.
O anúncio do presidente foi feito ontem, durante a divulgação dos resultados do banco no primeiro semestre do ano. O balanço pode ter sido o último realizado pelo Besc independentemente do Banco do Brasil.
É importante os bancários do BRB estarem atentos ao processo de incorporação do Besc, pois provavelmente ele servirá de parâmetro para outras incorporações feitas pelo Banco do Brasil. O Sindicato está em contato permanente com os funcionários daquele banco, trocando informações, uma vez que eles estão passando por uma situação semelhante a que nós poderemos passar, afirmou o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio.
Balanço mostra lucro de R$ 28,9 milhões
Como o dia da incorporação coincide com o encerramento do balanço do terceiro trimestre, a diretoria do banco não sabe se será responsável pela divulgação dos resultados.
No balanço do semestre, o banco registrou lucro líquido de R$ 28,9 milhões, valor 37% inferior ao do primeiro semestre de 2007.
De acordo com Lepka, a retração não decorre de queda nas operações. O principal fator estaria no fato de o pagamento referente à substituição de títulos financeiros, o qual é realizado periodicamente pela União ao Besc, ter sido cerca de R$ 25 milhões menor no primeiro semestre do ano do que no mesmo período de 2007.
Outros indicadores tiveram resultado positivo. Os recursos captados e administrados pelo banco tiveram incremento de 9,6% no semestre, chegando a R$ 8,06 bilhões.
Também em crescimento, o montante aplicado em poupança subiu 10,2%, com a marca de 2,26 bilhões. Para Lepka, o aumento desses depósitos mostra que os catarinenses ainda confiam no Besc.
As informações são do site do Seeb Florianópolis
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