Banco do Brasil

9 de Maio de 2013 às 19:03

BB tenta obstruir trabalhos do MPT em investigação contra demissões sem justa causa

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Em mais uma manobra para tentar esquivar-se de dar explicações sobre as demissões por ato de gestão (sem justa causa) dos bancários e bancárias que ingressaram na Justiça com ações de 7ª e 8ª horas, a direção do Banco do Brasil protocolou nesta quinta-feira (9) petição em reclamação disciplinar junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra o procurador do Trabalho que investiga as dispensas imotivadas.

O documento foi entregue apenas 11 minutos antes do início da audiência que ouviria o diretor da Diretoria de Tecnologia (Ditec). Em virtude do não comparecimento do diretor da Ditec, o procurador decidiu suspender a oitiva.

“Causa indignação a postura arbitrária do BB, que entrou com processo disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público contra o procurador do Trabalho. Isso mostra a real postura arbitrária da diretoria do BB. Se com o MPT o banco age dessa forma, o que dirá com seus funcionários”, criticou o diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) Wescly Queiroz, que também é bancário do BB.

O pedido de reclamação disciplinar foi protocolado pelos quatro advogados do BB, sob alegação de que o procurador do Trabalho foi desrespeitoso e irônico, e violou as prerrogativas dos advogados da instituição financeira na audiência do último dia 2. Baseados nessa reclamação, eles também solicitaram ao CNPM a suspensão da oitiva do diretor da Ditec.

“Estive presente em todas audiências e, em momento algum, presenciei qualquer ato desabonador ou de desrespeito praticado pelo procurador contra os diretores do banco. Muito pelo contrário, quem desrespeitou a plateia foram os diretores do BB”, rebateu Wescly.

A pedido do BB, a audiência realizada nesta quinta foi acompanhada por um membro da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, subseção Distrito Federal (OAB-DF).

Procurador questiona demissões

Na audiência realizada no último dia 2, o procurador do Trabalho ouviu os diretores do BB Carlos Alberto de Araújo Neto (Gestão de Pessoas) e Carlos Eduardo Leal Neri (Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas) sobre as demissões sem justa causa.

Durante a oitiva, o procurador indagou o porquê das demissões e questionou se as dispensas por ato de gestão ocorreram em represália aos que ingressam na Justiça com ações de 7ª e 8ª horas. Em resposta, os diretores do BB Carlos Alberto de Araújo Neto e Carlos Eduardo Leal Neri disseram que as demissões ocorreram por questões administrativas, sem explicar a motivação.

“Lamento que a diretoria do BB se furte a discutir o motivo das demissões sem justa causa. Em vez de debater, ataca o representante do MPT, numa clara manobra de obstruir o processo”, afirmou a diretora da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) Rejane Marques, também bancária do BB.

BB já tentou calar juíza

Essa não é a primeira vez que o BB tenta calar as instituições judiciais. Em fevereiro deste ano, a direção do banco impetrou na Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), medida de correição parcial do ato da juíza Cilene Ferreira Amaro Santos, do TRT, que negou pedido de liminar do banco contra decisão concessiva de antecipação de tutela, originária da 4ª Vara do Trabalho de Brasília, para estender o prazo de adesão ao novo plano de função, implantado unilateralmente pelo BB em 28 de janeiro de 2013.

 

Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília

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