
A exemplo de episódios recentes, o Banco do Brasil mais uma vez lançou mão da intimidação e em mais uma prática antissindical tentou impedir que o Sindicato realizasse nesta terça-feira 6 protesto justamente contra as investidas do banco contra o direito de livre manifestação e expressão da entidade. O local foi o Sede IV, onde não foi permitida a entrada do equipamento de som do Sindicato, bem como de parte da equipe de reportagem responsável pela cobertura do protesto.
“O BB novamente age de maneira antissindical quando tenta impedir nossas manifestações, que são pacíficas, e o diálogo com a categoria. Hoje fomos impedidos de entrar com equipamento de som nas dependências do Sede IV. Nada disso vai impedir nossa luta”, frisa o diretor do Sindicato Eduardo Araújo. 
Mesmo sem o equipamento de som, o Sindicato chamou os bancários da unidade, que se reuniram com seus representantes. Os destaques da manifestação foram as discussões sobre os descomissionamentos praticados pelo BB numa retaliação contra os empregados que entraram na Justiça com ações de 7ª e 8ª horas. Além disso, a perseguição aos funcionários que, porque fizeram greve, tiveram suas férias canceladas também foi debatida.
 “O Sindicato vem agindo em várias frentes contra esses absurdos. Por exemplo, já denunciou o BB à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Distrito Federal, que o convidará para uma reunião para esclarecer os fatos”, afirma Rafael Zanon, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato. Além disso, após ingressar com ação cautelar, obteve liminar no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região suspendendo a decisão da instituição financeira de cancelar as férias daqueles bancários. 
Explicações à Comissão de Direitos Humanos
A deputada federal Erika Kokay (PT) também participou da atividade no Sede IV e afirmou que encaminhará um requerimento à Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal cobrando explicações à presidência do Banco do Brasil pelas práticas abusivas e de retaliação para com os bancários que participaram da greve e os que buscaram seus direitos na Justiça. 
“Essa postura do Banco do Brasil é um flagrante desrespeito aos direitos dos trabalhadores. O BB rasga a Constituição Federal quando pratica posturas antissindicais e retalia os que exercem seus direitos legais e constitucionais. Essas posturas de represália mostram pedaços da ditadura ainda existentes”, afirmou Erika Kokay.  
O Sindicato realiza novos atos nesta quinta-feira (8) às 13h, no Sede VI, e na segunda-feira 12, também às 13h, no Sede VIII.
Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília
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