Banco do Brasil

17 de Maio de 2007 às 13:06

BB se precipitou ao lançar pacote, aponta Dieese

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A subseção do Dieese no Sindicato elaborou estudo que revela precipitação da direção do BB em lançar um pacote de “ações estruturantes”. O estudo mostra que as receitas do banco têm crescido em patamares superiores às suas despesas, o que confirma uma contínua melhora nos índices de eficiência operacional da empresa.

A subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) no Sindicato elaborou estudo que revela precipitação da direção do BB em lançar um pacote de “ações estruturantes”. O estudo mostra que as receitas do banco têm crescido em patamares superiores às suas despesas, o que confirma uma contínua melhora nos índices de eficiência operacional da empresa.

Veja aqui a íntegra do estudo, que aponta ainda que o ambiente macroeconômico ditado por uma gradativa redução da taxa de juros (Selic) permite que os bancos façam ajustes sem “medidas de choque” como as anunciadas no último dia 7 de maio.

Ao decidir de forma unilateral anunciar um conjunto de ações estruturantes (enxugamento de pessoal, terceirização e perda de comissões em pontos de atendimento menos rentáveis do ponto de vista microeconômico), o BB deixa de considerar a favorável conjuntura econômica e os bons indicadores da empresa, conforme aponta o estudo.

“A mudança no patamar da taxa de juros, implementada pela política monetária do Banco Central, vem se dando de forma gradativa, sem sobressaltos, permitindo que os agentes econômicos realizem os ajustes sem a necessidade de medidas de choque”, afirma o Dieese. Além disso, “o recente grau de investimento conferido ao banco pela agência Fitch ratings reduz o custo de captação do BB, favorecendo a eficiência operacional da instituição”.

Para Jacy Afonso, presidente do Sindicato, o estudo deixa claro que o pacote do BB tem clara motivação mercadológica e não contribui para seu papel de banco público. “O pacote do BB pretende consolidar o papel de mercado que o banco tem desenvolvido nos últimos anos, focando apenas na concorrência e na busca cega de lucros exorbitantes”.

Para Rodrigo Britto, diretor do Sindicato, “o banco compromete a política do governo, ao contrariar a tese da criação de novos empregos formais, pois intensifica a terceirização e, sobretudo, desrespeita os atuais funcionários ao passar para eles a conta dos ajustes”.

Já para o diretor do Sindicato e da Contraf/CUT, Eduardo Araújo, o pacote evidencia as aspirações imediatistas da atual diretoria do BB, sem visão de longo prazo. “Além de ser questionável do ponto de vista social, o pacote do banco procede a ajustes em relação aos caixas executivos de forma atabalhoada, prejudicando os bancários que estão na ponta gerando negócios e bom atendimento aos clientes”.

De acordo com Araújo, essas medidas jogam por terra a propagada política de responsabilidade sócio-ambiental da empresa, considerada hoje, juntamente com a eficiência operacional, um dos critérios mais importantes para se avaliar uma empresa.

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