Banco do Brasil

11 de Dezembro de 2012 às 18:26

BB não negocia em audiência no MTE e mantém práticas antissindicais

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O Banco do Brasil se manteve intransigente durante audiência de mediação no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com o Sindicato dos Bancários de Brasília e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nesta segunda-feira (10). O banco não apresentou nenhuma proposta e nem aceitou acordo que atendesse às reivindicações dos trabalhadores sobre os descomissionamentos arbitrários, jornada de 6 horas, a série de perseguições aos funcionários, demissões e retaliação aos grevistas.

Durante a audiência, o MTE propôs que o banco cesse os descomissionamentos até 31 de janeiro, prazo que a empresa tem para apresentar o novo plano de funções. Outra sugestão foi a discussão do modelo do plano com o movimento sindical. Novamente não houve acordo em nenhum item proposto, assim como havia ocorrido na tentativa de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT). 

“O que mais aflige os funcionários hoje é a possibilidade de descomissionamentos e demissões por ato de gestão. A maioria deles ganhou na Justiça as indenizações de 7ª e 8ª horas. A situação precisa ser resolvida e o banco se nega a discutir e apresentar para o movimento sindical o novo plano de funções que afeta a jornada legal”, afirma Eduardo Araújo, presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de Brasília.

“O Banco do Brasil manteve sua postura intransigente e recusou a mediação. Da parte do movimento sindical, sempre procuramos a mediação. Tentamos buscar uma negociação há tempos, mas o banco insiste em não nos ouvir”, destaca William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

O MTE chamou a audiência após as denúncias feitas pelo Sindicato dos Bancários de Brasília ao ministro do Trabalho, Brizola Neto, em novembro. “Buscamos diálogo com o BB, mas ele tem continuado com as repetidas posturas antissindicais e de retaliação e ainda não negocia vários itens. Na questão da jornada legal mesmo, por exemplo, nunca discutiu esse item com os trabalhadores. Essa falta de diálogo leva inúmeros bancários a procurarem seus diretos na Justiça”, frisa o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Rafael Zanon.


Jornada de 6 horas

Sobre a implementação da jornada legal de 6 horas, a empresa afirmou que haverá uma reunião com o movimento sindical apenas para informar como será o novo plano de funções. O banco alega que a implantação do novo plano é uma prerrogativa administrativa exclusiva da instituição.

Os representantes dos trabalhadores destacaram durante a audiência que os descomissionamentos por ato de gestão são arbitrários e usados como meio de perseguição aos trabalhadores. O acordo aditivo com o BB garante que o bancário só seja descomissionado após três avaliações negativas consecutivas.


Posturas antissindicais

Os representantes dos trabalhadores relembraram que o BB editou uma instrução normativa com o objetivo de punir e intimidar os trabalhadores que aderiram à greve. Prova disso foi o cancelamento das férias desses trabalhadores, que já estavam marcadas desde junho, depois revertido por intermédio de ação do Sindicato na Justiça. As denúncias sobre a postura antissindical continuarão a ser apuradas nas ações provocadas junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília

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