Conquista histórica dos bancários, o cumprimento da jornada de seis horas vem sendo sistematicamente ignorado pela direção do Banco do Brasil, que insiste em descumprir a legislação vigente. “O BB tem que sair da ilegalidade. É inadmissível que uma empresa com mais de dois séculos de história desgaste sua imagem com um problema tão grave e que afeta milhares de trabalhadores”, afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil e diretor do Sindicato.

Ao insistir no descumprimento da legislação trabalhista, o banco vem sofrendo milhares de derrotas na Justiça. O mais impressionante é que o crescimento vertiginoso do passivo trabalhista parece não incomodar nem um pouco o Conselho Diretor do BB, que assiste de camarote à avalanche de processos judiciais cobrando a 7ª a 8ª horas. “O pior é que a direção do banco prefere gastar dinheiro com advogados terceirizados a pagar o que é de direito dos bancários”, denuncia Rafael Zanon, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato e funcionário do BB.

Diante dessa postura lamentável, o Sindicato manda um recado para o presidente do banco, exigindo de Aldemir Bendine que o BB saia da ilegalidade: “Exigimos o cumprimento da jornada de seis horas já”, complementa Zanon.

Sem palavra
A direção da empresa havia se comprometido a solucionar a ilegalidade até junho do ano passado, o que não ocorreu até hoje. Nada foi apresentado aos trabalhadores.
Mas o Sindicato transformou o descaso do BB em ações judiciais. No final do ano passado, a entidade ingressou com diversas ações coletivas por grupos. Quem quiser participar da reclamação, com formação de novo grupo, basta entrar em contato com o Departamento Jurídico do Sindicato pelo telefone 3262-9090. 

Mesmo com os processos nos tribunais, o Sindicato promete fazer barulho contra o descaso do banco em relação ao cumprimento da jornada de 6 horas. A partir de fevereiro, os bancários iniciarão uma série de manifestações exigindo a resolução do problema por parte da direção da empresa.

Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília