Banco do Brasil

16 de Agosto de 2013 às 22:51

BB: em entrevista, eleito para o Comitê de Ética do DF fala sobre expectativas e luta por conquistas

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Delegado sindical da Diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais do Banco do Brasil, o bancário Francicarlos Diniz foi eleito para representar os trabalhadores no Comitê de Ética do Distrito Federal do banco. Em entrevista ao Informativo Bancário, Francicarlos falou sobre as expectativas e luta por conquistas para o funcionalismo.

edFoto Francicarlos
Funcionário do BB desde 1985, Francicarlos Diniz foi eleito para representar os trabalhadores no Comitê de Ética do DF

Na entrevista, ele afirmou que o acúmulo de serviço e a pressão pelo cumprimento de metas nos bancos vêm causando relações pessoais e profissionais cada vez menos saudáveis. “Cabe questionar se essa lógica que endossa a competitividade e o desempenho a qualquer custo também não representa um desvio ético por parte dos banqueiros”, destacou.

Francicarlos acredita que o maior ativo que uma empresa possui são os seus funcionários e os valores éticos que eles compartilham quando realizam negócios. “Preservar esse ativo é o que fará com que o BB seja sustentável por mais outros 200 anos”, frisou.

Entre 200 candidatos, Francicarlos foi o mais votado na eleição, que foi realizada de 15 a 19 de julho. A posse está prevista para o dia 2 de setembro. Francicarlos é funcionário do BB desde 1985.

Foram eleitos representantes para os 26 estados e DF. Os integrantes dos comitês de ética vão participar das decisões sobre a aplicação de medidas de orientação e sanções dentro do banco, bem como do encaminhamento de propostas de melhoria dos processos empresariais.

“A instituição dos comitês de ética com a participação dos trabalhadores, por meio de um representante eleito, significa uma vitória para nós. É a oportunidade de termos voz ativa nas decisões dentro do BB. A importância de representantes eleitos é ainda mais evidente nesta realidade de constante prática de assédio moral em todas as dependências do banco. Devemos combater essa prática nefasta, mas também julgar com seriedade nos comitês os casos que existem”, frisou o diretor do Sindicato Rafael Zanon, que também é bancário do BB.

Confira, abaixo, a íntegra da entrevista com Francicarlos Diniz.

Informativo Bancário – Como foi sua trajetória profissional?

Francicarlos Diniz – Sou funcionário do Banco do Brasil desde 1985. Entrei no BB como menor auxiliar de serviços gerais, aos 14 anos de idade, na antiga agência Centro Maceió. Depois, trabalhei nos extintos Cesec Maceió e Cesec Campina Grande. Em 1994, vim para Brasília. Atualmente sou assessor na Diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais e trabalho como educador corporativo na UniBB (Universidade Banco do Banco). Sou delegado sindical eleito de minha diretoria.

Informativo − Qual a importância dos Comitês Estaduais de Ética do BB na luta dos bancários por melhores condições de trabalho?

Francicarlos
– A participação dos representantes eleitos para os Comitês Estaduais de Ética do BB representa mais um campo de atuação para que, numa perspectiva crítica, outros pensamentos passem a ter voz no encaminhamento de assuntos relacionados à gestão da ética na instituição. Ainda não alcançamos o mundo idealizado desde o tempo que entrei no Banco do Brasil, há 28 anos, mas é preciso coibir práticas administrativas baseadas na lógica produtivista. 

Informativo – Como você observa o processo produtivo das instituições financeiras e de que forma o atual modelo influencia nas questões relacionadas à ética?

Francicarlos
− O acúmulo de serviço e a pressão pelo cumprimento de metas nos bancos vêm causando relações pessoais e profissionais cada vez menos saudáveis. Cabe questionar se essa lógica que endossa a competitividade e o desempenho a qualquer custo também não representa um desvio ético por parte dos banqueiros. O crescente número de afastamentos por motivo de doença é um exemplo claro do esgotamento físico e emocional a que estão sendo submetidos os bancários, e esse esgotamento muitas vezes contribui para a ocorrência de falhas operacionais no ambiente de trabalho, embora isso não seja justificativa para que se cometam desvios de ordem ética.

Informativo – Num mundo cada vez mais obcecado pelo lucro, a ética ainda é um tema prioritário nas instituições financeiras?

Francicarlos
– Muita gente diz que é utopia tentar mudar a realidade atual das relações de trabalho nas instituições financeiras, mas a maior utopia é imaginar que tudo pode continuar do jeito como está. Falta horizonte para compreender que esse ambiente corrosivo não se sustenta por muito tempo. Acredito fortemente na ideia de que o maior ativo que uma empresa possui são os seus funcionários e os valores éticos que eles compartilham quando realizam negócios. Preservar esse ativo é o que fará com que o BB seja sustentável por mais outros 200 anos.

Da Redação

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