A direção do Banco do Brasil não tem poupado o funcionalismo com medidas drásticas: redução de caixas nas agências, PCS e PCC que não atendem as necessidades dos trabalhadores, e a terceirização indiscriminada em diversos setores do banco. Ao mesmo tempo em que pune os bancários, com corte de gastos, há fortes indícios que o BB prepara uma megafesta para banqueiros internacionais. O evento, que deve ocorrer dia 5 abril, será realizado no Carnival Center, em Miami, com apresentação da cantora Ivete Sangalo. A notícia foi publicada no Correio da Bahia. Veja a íntegra abaixo.
Axé nos 200 anos
Uma grande festa está sendo organizada, dia 5 de abril de 2008, no Carnival Center, em Miami, para comemorar os 200 anos do Banco do Brasil. O evento, que contará com a presença de grandes banqueiros do mundo, tem na comissão organizadora o jornalista e produtor baiano Carlos Borges, que reside nos Estados Unidos há mais de 20 anos. Ele sugeriu o nome da cantora Ivete Sangalo para apresentar o show. Os organizadores agora vão consultar a produtora Caco de Telha para saber da disponibilidade de data e cachê. A notícia está disponível no endereço http://www.correiodabahia.com.br/marrom/noticia.asp?codigo=144364
Em comemoração aos 200 anos do BB, esperamos que a direção melhore as condições de trabalho, realize mais concursos e resolva questões imprescindíveis, como o PCS e PCC, afirma Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.
Problemas dos bancários do BB só aumentaram
O Banco do Brasil continua com um débito enorme com seus funcionários. Em 2007, a Contraf-CUT e os sindicatos cobraram uma série de reivindicações, mas os negociadores do banco continuam com a prática de empurrar com a barriga para que os problemas caiam no esquecimento e os funcionários desistam de suas bandeiras.
Alguns casos o banco simplesmente não respondeu e em outros tomou medidas que contrariam a lei e as necessidades dos trabalhadores, diz Eduardo Araújo, secretário de Imprensa do Sindicato e diretor da Contraf-CUT. Os principais problemas dos bancários que o BB ainda não resolveu são:
PCS
O banco implantou inovações no Plano de Cargos e Salários (PCS), com o pacote de maio de 2007, que não atende as necessidades dos funcionários. Ainda faltam o interstício, o anuênio e um formato de plano que dê perspectiva de futuro aos trabalhadores.
PCC
O pacote de maio trouxe ainda mais problemas para o Plano de Cargos Comissionados (PCC). Acabou com as substituições através da lateralidade provocando um verdadeiro caos nos locais de trabalho. O assedio moral e o trabalho gratuito aumentaram de forma vertiginosa e o desvio de função se tornou ainda maior. Desde 2003 que os bancários cobram a implementação das resoluções do GT PCS/PCC.
Terceirização
Diversos problemas com as empresas de terceirização têm sido denunciados ao banco, que não toma providências alegando que a legislação não permite. As empresas de vigilância, limpeza e telefonia desaparecem sem pagar salários e sem recolher os encargos sociais, deixando milhares de trabalhadores totalmente desamparados, com a conivência do BB que diz ser responsável socialmente. O pacote de maio trouxe ainda mais problemas nessa área com a implantação do PEE (processamento eletrônico de envelopes). Os terceiros são submetidos à humilhação, sendo obrigados a tirar a roupa e usar macacões ou batas sem bolsos, além de os lugares de trabalho serem inadequados. Estagiários realizam serviços de bancários, caracterizando interposição fraudulenta de mão-de-obra.
CCP
Mesmo com todas as negociações realizadas, ainda falta o banco cumprir o que ficou acertado em relação às Comissões de Conciliação Prévia (CCP). O banco insiste em apresentar um valor (pa-radigma) sem detalhar a que se refere, exigindo a quitação de horas extras e desvio de função. A tendência, pela postura do BB, é de o acordo não ser renovado e acabar com o instrumento.
Inquéritos administrativos
Os funcionários que forem interpelados pelo banco devem procurar o atendimento jurídico do Sindicato. Diversos colegas estão sendo demitidos, sendo notória a má-fé do BB quando pune sem dar formação e condições de trabalho que não permita o empregado cair em contradição com o LIC. Quando marcar o seu atendimento, exija a presença de um diretor do Sindicato.
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