| Em rodada de negociação com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro |

Em rodada de negociação com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o presidente interino do Banco do Brasil, Antonio Francisco de Lima Neto, se comprometeu a resolver o quanto antes os problemas deficitários da Caixa de Assistência dos Funcionários do BB (Cassi) e as questões relativas à Previ. A reunião marca a retomada das negociações permanentes e é a primeira realizada depois que Lima Neto assumiu a pasta, em dezembro.
Ambas as reivindicações dominaram a pauta da reunião desta quinta-feira à tarde em Brasília, que tratou ainda de questões como PCC/PCS, isonomia, melhores condições de trabalho e assédio moral. O encontro contou com a participação de diretores e conselheiros eleitos da Previ e da Cassi.
Os membros da Comissão de Empresa dos Funcionários voltaram a cobrar da direção do banco agilidade no processo negocial envolvendo a Caixa de Assistência, que fechou o ano de 2006 com um déficit da ordem de R$ 100 milhões, reiterando a urgência na solução do problema a fim de evitar um rombo ainda maior nas contas. Essa demanda vem se arrastando há muito tempo e o BB tem consciência de que a solução para a Cassi só virá quando ele assumir sua parte no problema, frisou Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa.
Os representantes dos trabalhadores entregaram ao presidente interino do BB um documento em que reforçam as reivindicações sobre o tema e que tem como parâmetro a proposta do banco para a Caixa apresentada no primeiro semestre de 2006. O objetivo é avançar nas negociações para uma solução imediata das pendências relativas ao assunto. O funcionalismo não pode mais esperar, cobrou Mirian Fochi, diretora do Sindicato e representante da Federação Centro-Norte na Comissão de Empresa.
Sobre a Previ, a Comissão de Empresa reafirmou os pontos já cobrados do banco - dentre eles o aumento do teto de benefícios de 75% para 90% da renda bruta e do patamar de pensões de 60% para 80%-, destacou que o associado não pode ser onerado por causa do atraso do BB no atendimento da demanda e que é perfeitamente viável, tendo como base a reserva especial constituída do fundo de pensão, a melhoria do plano de benefícios. Por seu lado, Lima Neto, a exemplo do que dissera sobre a Cassi, afirmou que em breve será inaugurada uma mesa para discutir o tema.
Isonomia e PCC/PCS
Cobramos ainda a apresentação de propostas relativas a um Plano de Cargos e Salários (PCS) e de Cargos Comissionados (PCS), conforme o banco havia se comprometido, além de isonomia entre novos e antigos funcionários, fim do assédio moral e a revisão da campanha publicitária que altera a fachada de 300 agências em todo país, descaracterizando a marca da instituição, enumerou Jacy Afonso, presidente do Sindicato.
Os trabalhadores entregaram uma carta ao banco pedindo que reveja a campanha, pois a consideram danosa à marca BB e por acreditar que ela possui um caráter privatista.
Sindicatos de todo o Brasil desaprovaram a campanha e devem promover manifestações contrárias a ela como a realizada pelo Sindicato no início da tarde de ontem em frente ao Sede I.
Foto: Rose Brasil
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