
A Contraf-CUT compareceu nesta segunda-feira (3) na audiência do  Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília, para ser ouvida sobre  a representação protocolada no dia 5 de novembro contra o Banco do  Brasil por práticas antissindicais e discriminação pós-campanha nacional  em relação aos funcionários que exerceram o seu legítimo direito de  greve. Apesar do esforço do MPT em tentar mediar a situação, o BB não  voltou atrás na sua decisão de alterar unilateralmente férias e licenças  já programadas dos grevistas. 
 
 A mediação do MPT ocorreu no sentido de que o banco alterasse a  Instrução Normativa 361, especificamente no item em que dá margem para  tal alteração unilateral de afastamentos abonados (férias, abonos e  licenças prêmio) ou que o BB emitisse um informe esclarecendo que a  prática está proibida. 
 
 "O banco, no entanto, manteve uma posição intransigente e, após várias  tentativas da procuradora , não houve mediação", afirma William Mendes,  secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de  Empresa dos Funcionários do BB.
 
 O MPT deu prazo ao banco até a próxima segunda-feira (10) para analisar a  situação e apresentar uma proposta que não prejudique os bancários  grevistas nesses afastamentos abonados. "A Contraf-CUT continuará  defendendo os trabalhadores que exerceram seu direito de greve,  seja  por meio de ações sindicais ou pela Justiça, como já vem fazendo e  obtendo bons resultados", salienta William. 
 
 Acordo
 
 Uma das condições para que os bancários assinassem o acordo coletivo  2012/2013 com o BB foi a de não haver o desconto dos dias de greve ou  mesmo qualquer outra medida contra os trabalhadores que exerceram esse  direito assegurado pela Constituição.
 
 "Mas o banco extrapolou o que está previsto na cláusula 56ª da Convenção  Coletiva de Trabalho ao soltar uma instrução normativa mandando seus  administradores alterarem férias e demais licenças dos grevistas que já  estavam pré-agendadas", denuncia William. 
 
 As entidades sindicais também denunciaram o banco ao assessor especial  da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopes Feijóo,  durante reunião ocorrida no dia 14 de novembro, em Brasília. Três  documentos foram entregues para ele com denúncias de problemas graves de  gestão no BB, entre elas as perseguições aos bancários grevistas.
 
Fonte: Contraf-CUT
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