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12 de Maio de 2017 às 14:44

BB corta 10 mil, fecha 551 agências e lucro duplica

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Resultado ocorre mesmo com queda de 11,4% no volume de empréstimos



O lucro líquido do Banco do Brasil praticamente dobrou no primeiro trimestre do ano, com uma combinação de aumento da receita e queda das despesas, divulgou ontem o banco.

Excluindo ganhos e gastos extraordinários, o BB lucrou R$ 2,515 bilhões nos três primeiros meses do ano, alta de 95,6% ante o primeiro trimestre de 2016 e de 43,9% em relação ao trimestre anterior.

Quando esses itens extraordinários são colocados, o lucro banco tem desempenho menos expressivo na comparação com o primeiro trimestre de 2016 -alta de 3,6%, mas sobe 153,6% na base trimestral.

Na conferência para divulgar os resultados, o presidente do banco, Paulo Caffarelli, disse que ganhos com tarifas de conta-corrente (11,3% em um ano) e com a administração de fundos de investimento (29,3%) foram os principais responsáveis pela alta de 12,3% da receita na comparação anual.

O número de clientes digitais do segmento alta renda passou de 1,3 milhão nos três meses encerrados em dezembro para 1,7 milhão no trimestre que acabou em março.

Do lado das despesas, o BB adotou estratégia de enxugamento do quadro de pessoal - o programa de demissão voluntária teve adesão de 9.900 funcionários - e do número de agências -são atualmente 4.877 unidades, contra 5.428 no primeiro trimestre de 2016.

"Vimos uma melhora da rentabilidade e do lucro com aquilo que chamamos de nossa vocação, que é crédito e serviço. No trimestre, fizemos uma mudança na carteira de crédito para ter um mix de operações mais otimizadas", diz o presidente do banco.

Menos compra de carro

Essa mudança na carteira se traduziu por uma ênfase em empréstimos com risco menor, como imobiliário, e uma redução da exposição a crédito de maior risco, como financiamento de veículos.

Ainda assim, a carteira de crédito do banco encolheu no primeiro trimestre, para R$ 688,689 bilhões. O número representa queda de 11,4% em relação ao mesmo trimestre de 2016 e recuo de 2,7% frente aos três meses anteriores.

Aumenta a inadimplência dos clientes

Como os bancos privados, o BB reduziu a provisão para créditos duvidosos. O valor recuou de R$ 9,145 bilhões no primeiro trimestre de 2016 para R$ 6,713 bilhões nos três meses até março, uma queda de 26,6%. Em relação ao quarto trimestre, o recuo foi de 10,3%.

No entanto, a inadimplência cresceu no primeiro trimestre. O índice de atrasos acima de 90 dias atingiu 3,89%, ante 2,59% no trimestre encerrado em março de 2016. No fim do ano passado, o índice era de 3,29%.

"Se tirarmos um caso específico de empresa de telecomunicações que pediu recuperação judicial, ficaríamos abaixo da indústria. É uma questão pontual e não reflexo na carteira toda", afirmou Alberto Monteiro, vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores do BB.

Embora não tenha sido citada, fontes do mercado indicam que a empresa seria a Oi, que entrou com pedido de recuperação judicial em junho do ano passado.

Fonte: Jornal de Brasília

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