
Em comunicado enviado às Ecoas das dependências de todo o país, no início do segundo semestre deste ano, o Banco do Brasil informou que suspenderia o pagamento da verba QVT (Qualidade de Vida no Trabalho), alegando revisão do programa.
A verba destina-se ao pagamento de empresas ou profissionais autônomos que conduzam práticas de qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Segundo o comunicado, o “programa QVT está em revisão e para o segundo semestre de 2016, ocorrerão algumas alterações no formato, atividades/práticas e disponibilização da verba QVT para as dependências. Em 2016, a Verba QVT foi disponibilizada somente para os meses de janeiro a junho, diferentemente dos anos anteriores, quando o orçamento foi atomizado para os 12 meses do ano.”
“Diante dessa alteração,” prossegue o texto, “solicitamos a essa Ecoa atentar para tal fato, não efetuando novas contratações e/ou dando continuidade às contratações já existentes. A IN 407-1 Disposições Normativas e 2 Procedimentos ficarão como ‘não vigentes’ até a publicação do novo formato do programa. Oportunamente, divulgaremos mais informações sobre o novo direcionamento do Programa de Qualidade de Vida no Trabalho para o 2º semestre de 2016”.
Os funcionários consideram a retirada da verba uma perda irreparável. Muitas dependências optaram por continuar a realizar as atividades pagando do próprio bolso, tendo em vista a manutenção da qualidade de vida no trabalho.
Passados três meses da edição do comunicado, até agora não houve qualquer informação sobre o retorno da verba. Considerando que o funcionalismo do BB é composto de 107 mil bancários com direito à verba, a instituição pode ter economizado cerca de R$ 1,7 mi por mês, ultrapassando R$ 5 mi desde a suspensão do benefício.
Os bancários temem que o silêncio do banco devem-se à sua recusa em admitir que cortou a verba que beneficiava milhares de bancários.
O programa
O programa Qualidade de Vida no Trabalho foi aprovado pelo Conselho Diretor do BB em abril de 2007 e implantado em julho daquele ano. Em janeiro de 2014, foi aprovada pelo Conselho uma proposta de reformulação.
As dependências, através das Ecoas, podiam utilizar a verba contemplando uma das seguintes atividades: artes/canto/música; dança circular; dança de salão; eutonia; fotografia e filmagem; ginástica laboral; ioga; liang gong; massoterapia (massagem expressa, do-in, shiatsu e massagem relaxante); musicoterapia; nutrição; palestras; pilates; e tai chi chuan. As atividades normalmente eram realizadas no ambiente de trabalho, dentro do expediente.
Da Redação
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