Sob o mote “Defensa seus direitos”, o Sindicato realizou, na manhã desta quinta-feira (9), um ato em frente ao Edifício Sede 3 do Banco do Brasil, contra a decisão da diretoria do banco, que, na contramão das lutas da classe trabalhadora e do próprio Governo Federal, aumentou a jornada de trabalho de 25% de seus funcionários de 6 para 8 horas diárias.
Durante o ato, a categoria esteve presente em frente ao BB, deixando clara sua insatisfação com a política imposta pela direção do banco e demonstrando disposição para lutar pelo cumprimento do Acordo Coletivo, que prevê jornada de seis horas. A direção do Sindicato fez a convocação para mobilização da categoria desde ontem, dia 8
A decisão da diretoria do BB é “um ataque frontal ao Sindicato e ao código de ética do próprio banco, que será enfrentado em todas as esferas pelo Sindicato”, afirmou Jeferson Meira assim que a atividade começou. “Não estamos satisfeitos com a gestão do BB, que quer destruir tudo que a categoria conquistou desde os anos 1930, quando foi conquistada a jornada de 6 horas para a categoria, derrotando também a tentativa de retomar a jornada de 8 horas na década de 1980”, lembrou o dirigente sindical.
O presidente da Fetec-CUT/CN, Rodrigo Britto, saudando todos os trabalhadores presentes, lembrou que a jornada de 6 horas foi fruto de uma luta que combinou mobilização, pressão política institucional e ação jurídica. “A decisão da direção do BB levará a uma redução de pessoal, o que atende aos interesses do sistema financeiro. O BB quer impor mais agressões com suas metas abusivas para a categoria”, denunciou Britto.
Ele também ressaltou que o BB tentou demitir trabalhadores mais experientes, mas o Sindicato conseguiu reintegrar todos. “Com essa ação, a diretoria do BB desrespeita diretamente o artigo 468 da CLT, que proíbe a alteração unilateral de acordos coletivos”, lembrou Samantha Sousa, diretora do Sindicato.
Samantha também destacou que “as mulheres serão as principais vítimas com o aumento da jornada, pois acumulam jornadas triplas”.
A categoria mantém acordos coletivos com bancos públicos e privados, que não podem ser alterados a bel-prazer. Isso é ilegal. Rafael Saldanha, diretor do Sindicato, destacou que a ação da diretoria do banco está “desconectada da política do governo federal. O modelo que a direção quer implantar foi derrotado em 2022”.
Wadson Boaventura, diretor da Fetec-CUT/CN, reafirmou que “o banco está desrespeitando um acordo conquistado com muita luta”. “O Sindicato é contra esta reorganização no banco, que ataca diretamente um direito conquistado: a jornada de 6 horas”, acrescentou.
Rafael Guimarães, diretor do Sindicato, ressaltou que “é preciso salvar o BB das garras do mercado”. “Essa mudança geracional é fundamental para humanizar as relações profissionais e evitar o adoecimento imposto pelo mercado”, lembrou.
Antônio Lima, bancário e delegado de base do BB, afirmou que “o BB não está interessado em resolver os problemas da categoria, especialmente dos funcionários que vieram de outros estados”. “Os novos funcionários não têm mais direitos conquistados, como anuênio, quinquênio e venda de abonos”, denunciou Ricardo, diretor do Sindicato.
Importante lembrar que a decisão da diretoria do BB em aumentar a jornada de trabalho fere diretamente a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Os bancos públicos querem desrespeitar o artigo 468 da CLT, que proíbe a alteração unilateral de acordos coletivos”, denunciou.
Ronaldo Lustosa, diretor de Comunicação do Sindicato, lembrou que “o Sindicato dos Bancários de Brasília sempre esteve à frente das lutas, independentemente do governo, inclusive durante a pandemia”. “O compromisso da diretoria do Sindicato é com a categoria, não com a direção do BB”, reforçou, reafirmando a continuidade da luta para barrar este ataque.
Pedro César Batista
Colaboração para o Sindicato
Copyright © 2025 Bancários-DF. Todos os direitos reservados
Feito por Avalue Sistemas