Santander

5 de Dezembro de 2012 às 17:16

Bancários param agências contra onda de demissões no Santander

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Em protesto contra a onda de demissões promovidas pelo Santander em todo o Brasil, cujo número já chega a mil e pode atingir 5 mil trabalhadores, segundo informações extraoficiais, os bancários das agências da 504 e da 502 Norte, do Setor Comercial Sul (SCS) e da 306 e 513 Sul paralisaram suas atividades nesta quarta-feira 5. Com o apoio do Sindicato, eles exigem o fim das dispensas imotivadas e a reintegração dos demitidos.

Durante o protesto, o Sindicato distribuiu panfleto à população em que denuncia as demissões em massa, mesmo o banco tendo alcançado o lucro estrondoso de mais de R$ 5,6 bilhões no Brasil apenas de janeiro a setembro deste ano, e como esse processo vai afetar negativamente a rotina de trabalho e o atendimento aos clientes. 


“O banco tem negado que haverá novas dispensas e disse que ‘o que deveria ser feito já foi feito’, principalmente aqui em Brasília, onde tivemos mais de 20 pessoas demitidas. De qualquer modo, não existe motivo para essas demissões: o banco no Brasil respondeu por 26% do seu lucro líquido global, sua maior lucratividade. Na Espanha não vem ocorrendo demissões, sendo que lá existe uma crise. Portanto, nós queremos garantia de emprego para essas pessoas e que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros”, cobrou a secretária de Imprensa do Sindicato e funcionária do Santander, Rosane Alaby.        


Para pressionar o Santander a reverter esse processo, que pegou a todos de surpresa às vésperas do Natal, causando medo e apreensão entre os funcionários, sindicatos estão promovendo protestos em todo o país. Em Brasília, afora as paralisações, o Sindicato também está denunciando a instituição financeira à população por meio de mensagens veiculadas nas principais rádios da capital. 

Além disso, a Contraf-CUT enviou na manhã desta quarta-feira carta ao ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, em que solicita "a adoção de medidas no âmbito do governo federal para estabelecer um diálogo social com o Santander, visando a reintegração dos desligados, a manutenção dos empregos e o fim da rotatividade, como forma de contrapartida pelos excelentes resultados aqui [no Brasil] obtidos". Também foi enviada carta ao presidente do Santander no Brasil, Marcial Portela, solicitando uma nova reunião, o mais rapidamente possível, para discutir o assunto.

Segundo informações dos sindicatos e federações repassadas à Contraf-CUT, além de 20 em Brasília, até o momento chega a 40 o número de demitidos em São Paulo, a 30 em Pernambuco, a 23 na Bahia, a 14 em Alagoas e a 10 na Paraíba. Houve também desligamentos no Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Eles atingem principalmente trabalhadores com mais de 10 anos de casa, com salários mais elevados. Muitos deles são oriundos de bancos incorporados, perto da aposentadoria e até pessoas com deficiência.



Renato Alves com informações da Contraf-CUT

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