Como diz a diretoria do BRB, que “está no banco para trabalhar e fazê-lo crescer, como se fosse permanecer, e independentemente de qual seja o seu futuro”, da mesma forma, os bancários e as bancárias do Banco de Brasília demonstram com vigor sua participação massiva  na Campanha Nacional dos Bancários e na negociação específica.

Frente à intransigência da Fenaban em apresentar uma proposta apreciável, a greve nacional, deflagrada a partir do dia 8, já conta com mais de 300 mil bancários parados, 4.300 agências fechadas país afora.

No DF, o movimento é muito forte, são mais de 14 mil bancários em greve. Os funcionários do BRB, que sempre participaram nas lutas da categoria, seja em conjunto, seja em movimentos específicos, já pararam mais de 60 pontos de atendimento, somando forças com os bancários de outros segmentos.
Um grau de adesão prá lá de significativo!

Disposição de luta e presença de espírito demonstradas, apesar da já longa e desgastante opção do GDF em se desfazer do BRB.

Esta expressiva participação expõe que a auto-estima e a capacidade de mobilização não foram, de modo algum, batidas por anos de adversidades geradas por diretorias que deixaram triste memória.

Ao contrário, o trabalho de atendimento e relacionamento com o público foi e é o pilar fundamental na manutenção da rentabilidade e do espaço do BRB em todo o DF.

Neste sentido, o Sindicato reforça o chamado a todos para as assembléias, deixando bem claro que não admitirá que uma pequena parcela de colegas, que também compartilharão dos resultados da Campanha, abuse de suas prerrogativas gerenciais, cerceando o pleno direito de greve, e sendo “mais realista que o rei”.

No âmbito do BRB, as negociações têm caminhado, até o momento. A própria diretoria do banco tem dialogado democraticamente e apontado para a aceitação de reivindicações específicas.

Segundo o presidente da comissão de negociação do BRB, Jacques Alberto de Oliveira, a rodada de negociação previamente agendada para o dia 9, foi suspensa, por deliberação da Direção.

No entanto, perguntado pelo Sindicato se isto significava retirada dos pontos já aceitos ou fechamento das negociações, ele reiterou que não. Reafirmou o compromisso da Diretoria em seguir os parâmetros resultantes na mesa nacional Bancários/Fenaban, bem como a postura de prosseguir na construção da proposta específica a ser avaliada pelos funcionários do BRB, num segundo momento.

Alguns dos itens negociados entre o Sindicato e a Comissão do banco, com parecer favorável da Dirad, estavam pendentes de aprovação pela Diretoria Colegiada.

Segundo Jacques, foram aprovados na reunião da Dicol, terça, 7:

• Comissão paritária para revisão de PCS, PPR, PLR
• Extensão da garantia para os novos funcionários de demissão
apenas mediante processo administrativo, com ampla defesa
• Pagamento de salário da carreira administrativa aos licenciados
com alta pelo INSS, mas reconhecidos como ainda não aptos
ao retorno pela área de medicina do trabalho do Banco
• Fim da diminuição salarial em 10% para os licenciados por saúde
por mais de um ano

Quanto às reformulações cobradas pelo Sindicato em relação a metas inatingíveis para o PPR/2° semestre, não foram aprovadas, permanecendo, contudo, a disposição de negociar.

O Sindicato tem insistido, ouvindo a unanimidade das Agências, que do jeito que está, não dá para cumprir metas e receber zero. O banco tem de rever o que é inatingível, bem como prover meios para possibilitar o atingimento de metas factíveis.

“Como o Sindicato vem divulgando, há sinalizações positivas, porém ainda insuficientes para atender os funcionários. A expressiva participação na Greve mostra que o caminho é intensificar forças para vencer a parte geral da Campanha Nacional dos Bancários, avançar o suficiente nas negociações específicas e revigorar a mobilização quanto à provável incorporação. Nossa maior garantia é mostrar com altivez que os bancários e bancárias do BRB exigem respeito incondicional, e respeito não se pede, se conquista”,  ressalta André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato.

TODOS À ASSEMBLÉIA GERAL, segunda, 13, às 18h, Setor Bancário Sul.