
O piso salarial dos bancários do BRB passará a ser de R$ 1.680,00 (reajuste de 3,85% sobre o atual valor). Essa foi uma das conquistas apresentadas em negociação ocorrida no último dia 14 entre o Sindicato e o BRB, representado pelos diretores Tércio Marcus, da Dirad, e Alair Vargas, da Diren. Pelo Sindicato, estiveram os diretores Antonio Eustáquio, Cristiano Severo, Cida Sousa e pelo secretário-geral André Nepomuceno, todos funcionários do BRB.
Além dessa, o banco comunicou a aceitação das seguintes reivindicações: elevação da AG de caixa, que passará a ser de R$ 1.030,00 (aumento de 14%) e equiparação da remuneração de todos os gerentes de negócio ao mesmo valor pago aos de nível 1. As alterações, embora necessitem do aval do Conselho de Administração do banco (Consad), estão previstas para entrar em vigor no dia 1º de março.
Essas conquistas, comunicadas ao Sindicato durante a reunião, haviam sido aprovadas na manhã do mesmo dia, em reunião da direção do banco.
“Durante a Campanha Nacional 2010, terminada em novembro passado, em cujo escopo consta cláusula de revisão do Plano de Cargos e Salários (PCS) implantado em 2009, essas foram algumas das reivindicações apontadas pelo Sindicato como prioritárias. Essas conquistas não dispensam a luta por PCS estruturado e duradouro”, lembra André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato.
“A questão dos gerentes de negócios é uma pauta do Sindicato desde o PCS implementado em julho de 2009. É uma pendência do banco com este segmento que só está sendo resolvida agora. Ao longo do tempo, estivemos cobrando e acompanhando o desenrolar da questão. Na prática, esta decisão elimina a segregação entre os diferentes níveis dos gerentes de negócios”, afirma Antonio Eustáquio, diretor do Sindicato.
Os diretores do banco informaram ainda que a empresa contratou a realização de estudos mais aprofundados para a criação do novo PCS, cujo prazo de conclusão é o fim do primeiro semestre de 2011. Outras questões pontuais continuarão a ser discutidas entre o banco e o Sindicato na mesa de negociação permanente.
“Há ainda outras reivindicações pelas quais o Sindicato está lutando, como as 7ª e 8ª horas e a questão dos assistentes de negócios. O banco alegou que precisa de mais tempo para estudar minuciosamente essas reivindicações, e que as resolverá no âmbito no novo PCS”, afirma Cida Sousa, diretora do Sindicato.
“Sem perder de vista um PCS mais robusto e estruturado, consideramos um avanço o atendimento desses pontos pelo banco, fruto de reiteradas negociações com o Sindicato. Elas representam, em conjunto, um avanço substancial para os trabalhadores do BRB”, afirma Cristiano Severo, também diretor do Sindicato.
Outras conquistas
O BRB deverá realizar concurso público em breve para a contratação de 100 analistas em informática, a fim de reforçar o setor de tecnologia do banco. Uma nova carreira de analistas em tecnologia será criada para acomodar os novos funcionários. O banco informou que as novas contratações não trarão qualquer prejuízo aos funcionários do setor.
O BRB também iniciará em breve um processo de seleção interna para uma nova AG a ser criada, destinada aos atendentes de Ouvidoria. Inicialmente serão dez vagas na função, que terá valor de R$ 554,00 e jornada de seis horas diárias. Segundo o banco, a seleção será aberta a todos que quiserem participar, e o regulamento será divulgado em breve.
Estas conquistas são fruto também de determinação do Bacen que exige carreira específica para a área de TI e quadro específico próprio para a Ouvidoria.
GT de pendências
O banco informou também que criou um grupo de trabalho com a finalidade de fazer um levantamento em todas as unidades e entre todos os funcionários a fim de detectar pendências que vão desde consertos, reparos e melhorias estéticas na estrutura de todas as agências do banco à carência de pessoal. O objetivo é garantir a segurança, a salubridade dos ambientes de trabalho, bem como melhorar o atendimento e ainda o aspecto das agências, uniformizando-as.
"Todas estas conquistas são sinalizadores importantes que a nova gestão dá no sentido de demonstrar uma preocupação com o salário e as condições de trabalho do conjunto de funcionários. Esperamos que este ambiente propício que se apresenta permaneça, pois ganham os funcionários e ganha o banco, com trabalhadores reconhecidos e valorizados, o que certamente se refletirá no desempenho da empresa”, complementam os diretores do Sindicato.
André Shalders
Do Seeb Brasília
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