
Em resposta à intransigência do Banco do Brasil em atender às reivindicações do funcionalismo, os bancários do BB paralisaram por duas horas diversas agências, unidades e edifícios no Distrito Federal, incluindo manifestação no Setor Bancário Sul e na Tecnologia (edifício sede IV). A decisão dos bancários de cruzar os braços nesta quarta-feira 25 foi tomada em assembléia na noite de ontem, no Setor Bancário Sul, seguindo orientação da Comissão de Empresa dos Funcionários, e faz parte da campanha Acorda Diretoria – Banco para o Brasil.
De acordo com o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, as atividades são uma demonstração do quanto os funcionários estão insatisfeitos com as diretrizes da direção do BB, que insiste em conduzi-lo como se fosse um banco privado. “O banco vem adotando práticas nefastas contra o funcionalismo com vistas unicamente a atender seus objetivos de concorrer com os bancos privados, esquecendo-se de seu caráter público”, destacou o presidente do Sindicato.
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Durante as paralisações, diretores do Sindicato fizeram a entrega de nota comunicando os motivos dos protestos e pedindo compreensão à população. O indicativo era a realização de uma greve de 24 horas, mas no entendimento dos bancários isso prejudicaria clientes e usuários, principalmente os de menor renda.
Entre as medidas rechaçadas pelos bancários estão a prática de assédio moral, a imposição de metas absurdas, o não pagamento das horas extras e falta de transparência nos processos seletivos internos. Além da solução desses problemas, os bancários reivindicam ainda a criação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), o fim da lateralidade, a contratação de mais funcionários e melhores condições de trabalho.

“O BB precisa se manter como instrumento para alavancar e fomentar o desenvolvimento nacional. A mudança de seu perfil social e público para o de banco privado interessa somente à atual diretoria”, denunciou o secretário-geral do Sindicato, André Nepomuceno. “Mobilizações como as que temos feito ao longo deste ano são em defesa de um BB forte e a serviço da população”, complementou Eduardo Araújo, diretor do Sindicato e funcionário do banco.

O presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, disse que as atividades são
uma demonstração do quanto os funcionários estão insatisfeitos com
as diretrizes da direção do BB
Agência Pátio Brasil segue fechada

O único incidente ocorrido foi registrado na agência Pátio Brasil, na Asa Sul, onde o gerente local tentou impedir a realização das atividades, colocando inclusive os vigilantes para dispersar os integrantes do Sindicato. Os vigilantes se recusaram, mas o impasse permaneceu. Por conta disso, a diretoria do Sindicato está concentrada na agência e decidiu mantê-la fechada até o fim do expediente.
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