Os funcionários do Banco do Brasil e do BRB decidiram voltar ao trabalho após 16 dias de greve. A decisão foi tomada nesta sexta (9) em assembléias específicas realizadas na Praça do Cebolão, no SBS. Os bancários da Caixa continuam em greve, indignados pela ausência de avanços na proposta.
Banco do Brasil
Desta forma, os funcionários terão incluído o dia 9 na compensação dos dias parados, conforme o acordo da Fenaban. Os dias de greve serão compensados até o dia 15 de dezembro deste ano, sem qualquer desconto nos salários.
Além disso, a compensação será limitada a duas horas por dia e não pode recair nos finais de semana ou feriado, nem incidir sobre horas extras feitas antes da assinatura do acordo.
Também nesta sexta-feira, a direção do BB reafirmou o compromisso com o debate e implantação de um novo Plano de Cargos e Salários (PCS). O início das discussões ocorrerá em novembro deste ano e o prazo para definição do plano para implantação é junho de 2010. Dentre outros temas serão discutidas as questões relativas à promoção por mérito, jornada de seis horas, sétima e oitava hora etc.
A proposta traz avanços importantes, como a valorização de 9% no piso, abono de 5 dias para os novos e o anúncio da contratação de 10 mil novos funcionários (veja mais em Bancários do Banco do Brasil aprovam proposta conquistada com luta).
BRB
No BRB, a greve conseguiu arrancar avanços importantes nas propostas, mas que, na avaliação do Sindicato, não contemplam integralmente as reivindicações dos funcionários. Sempre apostando na via negocial como o principal instrumento para se chegar a um acordo satisfatório, o Sindicato empregou todos os esforços necessários junto à direção do BRB para fazer avançar ainda mais naquilo que considerava necessário, mas a direção do banco afirmou que aquela era sua proposta final.

Apesar de o Sindicato defender que era possível e necessário avançar, o entendimento da maioria dos bancários na assembleia foi o de que era momento de voltar ao trabalho. Ao Sindicato, cabe respeitar a soberania dessa decisão, ressaltando que o comportamento dos bancários deve se pautar pelo espírito de solidariedade e de luta, sem jamais ceder à pressão e aos ataques da direção do banco.
“Os bancários do BRB que fizeram greve estão de parabéns pela disposição de luta e garra que fizeram desta uma das mais fortes paralisações da história do BRB”, destacou o secretário-geral do Sindicato, André Nepomuceno.
A luta garantiu aos trabalhadores do BRB, além das questões econômicas da Fenaban, PLR com distribuição de 50% fixos e 50% variáveis, a abertura de mais 40 vagas para o cargo de assistente de negócios em janeiro de 2010 e ampliação da licença maternidade para 180 dias, entre outros pontos.
Atualizada à 1h56 de 10/10/2009
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