Jornada de 6 horas para todos, Cassi e Previ para os funcionários dos bancos incorporados, volta das substituições e fim da lateralidade, piso do Dieese, melhorias no Plano de Cargo e Salários(PCS) e no Plano de Cargos e Remuneração(PCR), melhoria do plano odontológico, combate aos descomissionamentos, licença prêmio e férias de 35 dias após 20 anos para os pós-98. Essas foram algumas das reivindicações aprovadas pelo funcionalismo durante o 22º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado sábado e domingo (9 e 10 de julho), em São Paulo.

"Tivemos um debate de alto nível e intenso. Foram dois dias com discussões que culminaram em aprovações de resoluções importantes que devem fazer parte da mesa de negociações com o BB. Já foi dada a largada para a Campanha Nacional de 2011. Mais de trezentos bancários de todas as regiões do país estiveram presentes e defenderam as suas propostas e todos estão dispostos a fazer a mobilização em nível nacional", afirma o coordenador de Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Eduardo Araújo.

Secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Rafael Zanon, que também é funcionário do BB, destacou a importância da aprovação da pauta que será entregue à direção do BB. “Para os bancários de Brasília, reivindicações como a jornada de 6 horas para todos, combate aos descomissionamentos, volta das substituições e fim da lateralidade, piso do Dieese e Cassi e Previ aos funcionários dos bancos incorporados são importantes para a qualidade de vida e a valorização profissional dos trabalhadores”, destaca Zanon, que participou do 22º congresso.

O congresso também aprovou o fim de voto minerva na Previ,  fim imediato das terceirizações e dos correspondentes bancários, a intensificação do combate ao assédio moral e metas abusivas, o combate ao descomissionamento, o fim do fator previdenciário e o reforço do caráter público do BB para ampliar o crédito produtivo sem discriminar os clientes de baixa renda.

“Assim como todos os anos, o Congresso Nacional dos Funcionários do BB tem papel fundamental para a construção de uma Campanha Nacional Unificada democrática. Definidas as propostas, o funcionalismo precisa agora se juntar ao Sindicato na intensificação da mobilização. De agora em diante, é preciso ficar atento e comparecer às reuniões, atividades e atos organizados pelo Sindicato”, afirma o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto, que também participou do congresso dos funcionários do BB.

Fim do BB 2.0, que afasta a população de baixa renda

Outras deliberações do 22º congresso, relativas à previdência, foram a redução da Parcela Previ do Plano 1 e redução da PP no benefício de risco do Previ Futuro, volta da consulta ao corpo social, resgate da contribuição patronal do Previ Futuro, aumento do teto de benefícios para 100% da remuneração da ativa e aumento do valor do benefício mínimo.

Os delegados também decidiram denunciar o BB à Organização Internacional do Trabalho (OIT) por maus tratos aos funcionários e discriminação aos bancários incorporados e reivindicar a suspensão do projeto BB 2.0 e do modelo de agências complementares.

A delegação de Brasília integrou o grupo composto por 56 representantes da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN). No total, 335 delegados, sendo 11 natos, participaram do 22º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil.

O conjunto das reivindicações será divulgado em breve em nossos informativos.

Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília