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23 de Março de 2007 às 12:37

Bancários do ABN preocupados com a possível venda do banco

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Os bancários do ABN estão preocupados com as negociações que podem resultar na venda da empresa para o banco britânico Barclays. Pela primeira vez, a alta cúpula da direção dos dois bancos confirmou esta semana que estão em “discussões preliminares exclusivas sobre uma potencial combinação das duas organizações”. 

Os bancários do ABN estão preocupados com as negociações que podem resultar na venda da empresa para o banco britânico Barclays. Pela primeira vez, a alta cúpula da direção dos dois bancos confirmou esta semana que estão em “discussões preliminares exclusivas sobre uma potencial combinação das duas organizações”. 

Os bancários brasileiros conhecem muito bem o resultado das fusões e aquisições no sistema financeiro nacional. O próprio ABN/Amro cresceu no país com a aquisição do Real (1998) e do Sudameris (2003). Sobrou para os trabalhadores a pior parte deste negócio: as demissões. 

“A possível venda do ABN passa a ser prioridade no seminário nacional que a Contraf-CUT vai realizar no final do mês para os dirigentes sindicais do banco. Com esta negociação em andamento, o seminário ganha uma importância especial, porque precisamos intervir neste debate em defesa do emprego”, comentou Deise Recoaro, diretora da Contraf-CUT e funcionária do banco. 

A Confederação vai enviar para o presidente do ABN no Brasil, Fábio Barbosa, um ofício solicitando uma reunião para discutir a possível venda do banco. “Queremos garantia de emprego. Isto tem que fazer parte das negociações entre os dois bancos. O ABN tem que garantir os postos de trabalho e vamos exigir isto”, destacou Deise. 

As negociações

Em comunicados oficiais, divulgado na segunda-feira, o Barclays PLC e o AMB/Amro ressaltam que as negociações ainda estão na fase inicial e que não há certeza de que a transação será concluída. Caso o negócio dê certo, a união dos dois grupos resultará no quinto maior banco do mundo, com valor de mercado de US$ 160 bilhões. O ABN Amro – Barclays PLC teria ao todo 47 milhões de clientes e 220 mil empregados. 

Em entrevista à agência de notícia Bloomberg, o executivo-chefe do Barclays, John Varley, 50, disse que o banco está promovendo uma política mais “agressiva” para ingressar nos mercados emergentes. Citou a possível compra do ABN Amro, “com presença em 53 países”. Na mesma reportagem, Guy de Blonay, da New Star Asset Management, disse que o banco “Barclays está de olho no Brasil, Estado Unidos e Itália”.  

O Barclays é hoje o terceiro maior banco britânico, com presença na Europa e na África. Analistas entrevistados por vários jornais dizem que com a compra do ABN Amro, o Barclays poderá reforçar sua atuação na Ásia, Estados Unidos, Itália, Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) e no Brasil, ampliando seus negócios no varejo e no mercado de capitais. 

“Esta é outra preocupação dos bancários do ABN. O Barclays é um banco de investimento, será que a empresa vai querer manter a rede de agências do ABN, que é voltado para o varejo?”, questionou Deise. 

O Barclays se originou de um dos bancos que surgiram em Londres no século 17. Foi fundado em 1690 pelos banqueiros-ourives John Freame e Thomas Gould. O nome Barclays veio em 1736, quando a filha de Freame se casou com James Barclay. Em 1896, houve uma fusão de vários bancos pequenos e o Barckays ficou conhecido como o Banco Quaker, já que as famílias donas dos bancos que se fundiram faziam parte desta tradição religiosa. Há 40 anos, o Barclaycard foi o primeiro cartão de crédito a operar no Reino Unido. O banco tem 1.617 agências fora da Inglaterra. 

Fonte: Contraf-CUT, com agências

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