A luta contra as demissões em massa realizadas pelo Santander segue mobilizando os bancários em todo o país. Na terça-feira (18), os trabalhadores realizaram um dia nacional de luta protestando contra o Natal de dispensas no banco espanhol. Foram quase 1.300 demissões em dezembro. Houve paralisações e distribuição de carta aberta aos clientes, pedindo apoio e solidariedade para a luta.

Além disso, em resposta à audiência de mediação ocorrida dia 12 com a Contraf-CUT e o banco, da qual o Sindicato dos Bancários de Brasília participou, o MPT solicitou à Confederação o número exato de homologações suspensas neste mês, além de informações a respeito da situação dos processos nos quais se discute a despedida em massa. A consulta é mais um resultado da mediação. No dia 14, os advogados do banco enviaram lista dos demitidos. A remessa foi feita conforme determinação da Procuradoria.

“Cobramos do Santander que reintegre imediatamente os bancários. O banco não tem motivo para demitir, pois somente de janeiro a setembro deste ano seu lucro bateu a casa dos R$ 4,7 bilhões no Brasil. Esse resultado foi alcançado em grande parte graças ao trabalho dessas pessoas que, hoje, estão sem emprego”, afirmou a secretária de Imprensa do Sindicato dos Bancários de Brasília e também funcionária do Santander, Rosane Alaby.

Em Brasília, além dos protestos para pressionar o banco, o Sindicato entrou na Justiça e está aguardando parecer sobre o pedido de reconsideração de decisão feito pela assessoria jurídica da entidade. “Mantemos a orientação aos bancários desligados do DF de não homologação das demissões, por conta das ações que ainda estão em curso. Chamamos o banco para negociar e aguardamos uma possível negociação para janeiro e também temos que esperar o fim do recesso judicial para decidirmos quais serão os encaminhamentos", acrescentou Rosane. 

Em Campinas, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia, os juízes concederam liminares anulando todas as demissões sem justa causa desde novembro. Já em São Paulo, um acordo construído entre o Sindicato e o Santander na Justiça prevê a indenização aos trabalhadores demitidos com mais de dez anos de empresa e a reintegração dos desligados sem justa causa que comprovarem diagnóstico positivo de câncer, HIV e lúpus.

Da Redação com informações da Contraf-CUT e do Seeb São Paulo