Crédito: Augusto Coelho - Contraf-CUT
Terceira rodada de negociação com o BB
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, se reuniu com o Banco do Brasil nesta quinta-feira (29), em Brasília, na terceira rodada de negociações específicas e concomitantes à mesa geral da Fenaban para discutir as reivindicações de remuneração, carreira e ascensão profissional.
Na abertura, os dirigentes sindicais cobraram do BB explicações em relação às mudanças na empresa Cobra que estaria se preparando para receber grande volume de processamento de serviços de diversos departamentos do banco, como a CSI e Cenop, em flagrante aumento da terceirização. Recentemente, na reestruturação da Dirao, o principal banco público do país deu o péssimo exemplo de ampliar a terceirização de importante setor de recuperação de ativos financeiros.
"A ameaça já seria absurda por se tratar de prática antissindical e por não haver previsão alguma de desconto no acordo coletivo nem na convenção coletiva em vigor. Entretanto, se um diretor do banco já está dizendo isso durante processo negocial com os bancários, ele estaria revelando aos trabalhadores que o banco não está tratando com seriedade a pauta de reivindicações e que o BB estaria apostando no conflito e na greve e não o contrário, como a empresa vive anunciando em seus boletins internos. Esperamos outro comportamento da empresa nos próximos dias e que ela traga propostas efetivas para a solução dos problemas apresentados pelo funcionalismo porque nós negociamos com seriedade", afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa.
Além de questionar a postura indevida, foi cobrado mais uma vez que o banco mude o código de falta não abonada não justificada dos dias de luta realizados em 2013 contra o Plano de Funções e contra o PL 4330 da terceirização total.
Carreira e remuneração
As propostas de remuneração do funcionalismo do BB foram apresentadas e o resultado do banco neste primeiro semestre (R$ 10 bilhões) e nos anteriores mostra ser plenamente possível o seu atendimento, inclusive porque o banco está cobrindo com sobras sua folha de pagamento somente com receitas de tarifas:
Ascensão profissional e comissionamento
Outras reivindicações importantes foram apontadas e estão relacionadas ao tema Ascensão Profissional:
"A extensão do respeito aos 20 melhores pontuados no TAO para todas as áreas do banco - DG, táticas, negociais e estratégicas -, anunciado na semana passada, foi fruto do debate feito nas três mesas de ascensão entre o BB e a Contraf-CUT. É um avanço importante para onde não havia regra alguma, mas não resolve o problema. Queremos processo com provas e títulos e oportunidades iguais para todos no preenchimento de vagas comissionadas", cobra William.
"A questão de moralizar a ascensão profissional e dar maior segurança ao trabalhador no BB foi reafirmada, assim como as entidades sindicais já haviam feito nas três mesas sobre o tema no primeiro semestre. Tudo que o funcionário quer é ser respeitado, saber como se programar para crescer na carreira, ser bem remunerado e trabalhar mais feliz no atendimento à população brasileira. Será que é pedir muito ao banco e ao governo?", questiona William.
Condições de trabalho
Também foram reforçadas as demandas apresentadas nas mesas anteriores e que têm relação direta com os eixos debatidos com o banco sobre remuneração, saúde e previdência, fim do assédio moral e das metas abusivas, fim das reestruturações e terceirizações, mudanças nas PSO, SAC, CABB e demais departamentos do banco e que se somam às principais reivindicações do funcionalismo no BB:
Bancários devem intensificar mobilização
A Fenaban se comprometeu a apresentar proposta global na próxima quinta-feira, dia 5 de setembro. Foi cobrado que o BB faça o mesmo com relação à pauta de reivindicações específicas.
"Está na mão do banco resolver os problemas apresentados pelos bancários e justificar seu discurso de responsabilidade sócio ambiental e de grande referência no setor bancário brasileiro", destaca William.
O diretor da Contraf-CUT alerta que a falta de propostas que atendam às expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às reivindicações específicas quanto às demandas gerais na mesa da Fenaban, deve ser respondida com mobilização.
"Chamamos cada bancário e bancária a participar ativamente das atividades dos sindicatos não só por aumento real e PLR digna, mas também por melhores condições de trabalho e pelo atendimento da pauta específica dos trabalhadores do BB", salienta William. "Vem pra luta", conclui.
Calendário de luta
Setembro
3 - Quarta rodada de negociação específica entre Comando e Caixa
3 e 4 - Mobilização em Brasília para pressionar deputados contra PL 4330 na CCJC da Câmara
5 - Quarta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban
Fonte: Contraf-CUT
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