A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram na terça-feira 11 com a Caixa Econômica Federal, em Brasília, a reunião do Grupo de Trabalho Saúde do Trabalhador e iniciaram na quarta-feira 12 as discussões do Grupo de Trabalho Saúde Caixa, ambos previstos no acordo aditivo 2012-2013 assinado pelas entidades sindicais e o banco.
A Caixa apresentou balanço financeiro do Saúde Caixa. As projeções dos valores apontam para um superávit próximo a R$ 70 milhões até 31 de dezembro de 2012, o que reforça que o Saúde Caixa continua sólido, com uma série histórica de superávit de cinco anos consecutivos. É preciso urgentemente definir o que será feito do fundo de reservas que deve chegar a R$ 360 milhões até o final de 2012.
Tanto a Caixa quanto o movimento sindical têm acordo em relação à necessidade de se definir o destino dos recursos. Para isso, o tema já foi pautado para a próxima reunião do Saúde Caixa, com data a ser marcada para o começo de 2013, ocasião em que as partes deverão apresentar propostas com esse fim.
“A proposta dos sindicatos é que os trabalhadores façam um levantamento de todas as demandas relativas a melhorias no plano. Os bancários podem enviá-las para a Secretaria de Saúde do Sindicato (saude@bancariosdf.com.br). Depois de relacionar estas demandas, os membros do GT deverão estabelecer uma ordem de prioridade que seja apresentada para um técnico, a ser contratado, de modo que faça um estudo e que oriente os empregados em forma segura como proceder a ampliação das coberturas e melhorias na estrutura do Saúde Caixa, sem colocar em risco o plano”, frisa Antonio Abdan, secretário de Saúde do Sindicato.
Curso de Cipa
No Grupo Saúde do Trabalhador foi debatido o curso de educação a distância para os designados da CIPA, uma conquista da Campanha Nacional 2012. Os empregados incluíram no aditivo que devem discutir com a Caixa o curso. O banco vai encaminhar ao movimento sindical o conteúdo ministrado hoje via Universidade Caixa, de modo que possa opinar. Os bancários farão uma leitura crítica tanto do conteúdo como da abordagem dos temas. O movimento sindical deve dar um retorno antes da próxima reunião.
PCMSO
Outra questão debatida pelo GT Saúde do trabalhador foi o fato de a Caixa ter assumido o compromisso de apresentação do relatório anual nacional do PCMSO. O banco realiza relatórios por unidade, mas não há um levantamento nacional que proporcione um mapa epidemiológico nacional, objetivo primordial da NR 7 do MTE, de modo que se possa traçar diretrizes e políticas de prevenção em relação aos tipos de adoecimento que afetam os empregados da Caixa.
Os representantes dos trabalhadores solicitaram ainda estatísticas sobre adoecimento dos empregados. Os bancários querem também informações sobre afastamentos registrados como auxílio doença comum e aqueles registrados como auxílio doença por acidente de trabalho.
Checkup e reembolso
O movimento sindical questionou ainda os impactos que terão no Saúde Caixa dois novos procedimentos implantados recentemente pelo plano: o checkup e o reembolso de medicamento de uso contínuo.
Segundo informação da Caixa, há comprometimento das receitas na ordem de 1,4% em relação ao checkup. Mas há uma contrapartida disso que é o fato de as pessoas deixarem de fazer uma série de exames aleatoriamente, concentrando tudo no checkup, o que representa uma economia. No longo prazo, a prática do checkup representará um ganho na qualidade de vida, impactando também positivamente. Mas tudo isso ainda é difícil de dimensionar.
Em relação ao reembolso de medicamentos de uso contínuo (que deve ser feito entre 50% e 80% do valor de medicamentos não fornecidos ou subsidiádos pelo SUS), para 2012 o impacto é praticamente zero pelo fato de o programa ter sido iniciado em outubro e boa parte do reembolso incidir apenas no exercício de 2013.
Da Redação com Contraf-CUT
Copyright © 2025 Bancários-DF. Todos os direitos reservados