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10 de Dezembro de 2025 às 15:48

Baixar os juros da taxa Selic é o centro da luta pelo desenvolvimento socioeconômico do Brasil

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O Sindicato, a CUT, a Fetec-CUT/CN e a CMP (Central dos Movimentos Populares) realizaram, na manhã desta quarta-feira (10), mais um ato em frente à sede do Banco Central contra a manutenção dos altos juros da taxa Selic.

No mesmo momento em que ocorria a manifestação, reunia-se o Conselho de Política Monetária (Copom), em seu último encontro do ano. Os juros estão em 15% ao ano, o maior nível da Selic desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Desde a reunião de setembro de 2024, quando o Banco Central ainda era presidido por Roberto Campos Neto, a taxa aumentou sete vezes. Com exceção das reuniões de julho, setembro e novembro deste ano, a taxa não foi majorada. O atual presidente, Gabriel Galípolo, assumiu a direção do banco em dezembro do ano passado.

O Brasil possui o segundo juro mais alto do mundo, perdendo apenas para a Turquia, que tem um juro de 17,8%. Em terceiro lugar está a Rússia, com uma taxa de 9,74%. Isso comprova que a política de preservação dos juros altos serve apenas aos especuladores financeiros.

A atividade foi iniciada pela dirigente da Fetec-CUT/CN Talita Regia, que destacou que a luta pela redução dos juros possibilitará “o crédito mais acessível para empresas e famílias, o que é fundamental para o crescimento econômico e social”.

Robson Costa Neri, diretor do Sindicato, reforçou a importância da permanente mobilização da classe trabalhadora, afirmando que os integrantes do Copom precisam “entender a realidade do Brasil, que os juros altos atacam diretamente o povo e a economia brasileira”.

Foi destacado por Rafael Guimarães, diretor do Sindicato, que “o Banco Central acertou ao impedir a compra do Banco Master pelo BRB, mas comete um grande erro ao manter os juros altos, que prejudicam a classe trabalhadora brasileira”. Os juros altos são um dos problemas centrais da economia brasileira: impedem o desenvolvimento social e econômico do país, permitindo que apenas os especuladores ganhem. “O sistema financeiro tira do pobre para dar para o rico”, disse Guimarães.

O representante da Central dos Movimentos Populares (CMP), Afonso Magalhães, denunciou o papel da grande imprensa, que “esconde da população essa política econômica imposta pelo Banco Central, que está na contramão do projeto do governo federal e provoca entraves para o desenvolvimento nacional”. Segundo Magalhães, “o governo do presidente Lula está comprometido com um salário justo, o combate ao desemprego e o desenvolvimento social, com os juros altos impedindo que se alcancem todos os objetivos”. Para o dirigente da CMP, é preciso apoio popular para que o governo federal possa dar um novo rumo ao Banco Central.

“Não há justificativa para o Banco Central manter as taxas de juros na estratosfera, mantendo a política de Campos Neto”, afirmou o diretor de Comunicação do Sindicato, Ronaldo Lustosa. “Esperávamos ações concretas de Gabriel Galípolo, que permitissem melhores condições de vida às famílias brasileiras”, desabafou o dirigente sindical.

Ele reafirmou a defesa do BRB como um banco público e forte, “depois de sofrer uma ação de um grupo criminoso, que pegou o dinheiro do Fundo Garantidor de Crédito do banco”.

As reuniões do Copom costumam durar dois dias seguidos, com o calendário de reuniões de cada ano divulgado até o mês de junho do ano anterior. Todas as indicações apontam que, mais uma vez, a desconexão com a realidade brasileira deverá prevalecer e os juros no atual patamar serão mantidos.

Durante a manifestação, que contou com a participação de dirigentes das entidades presentes e de populares, vários motoristas que passaram pela via buzinaram, apoiando a luta contra os juros altos.

Pedro César Batista
Colaboração para o Sindicato

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