
Continuam as atividades pela jornada de 6 horas sem redução do salário no Banco do Brasil. Nesta quinta-feira (3) foi a vez de os bancários do Centro de Suporte Operacional (CSO) e da agência da 201 Norte participarem de ato organizado pelo Sindicato. Os funcionários do banco se reuniram com diretores da entidade para discutir estratégias de mobilização sobre a jornada legal, as reestruturações e outros temas da mesa de negociação permanente.

“Vamos a todos os prédios e agências para focar principalmente na questão do cumprimento da jornada legal de 6 horas. Estamos em um crescente de mobilização e pressionando o banco com atos políticos e pela via judicial para fazer valer esse direito”, afirma Rafael Zanon, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato. 
Os bancários também se informaram com a assessoria jurídica do Sindicato sobre a possibilidade de formação de grupos de funcionários que exercem as mesmas funções para entrar com ações coletivas cobrando a indenização de 7ª e 8ª horas. “Já tivemos uma vitória na Justiça para os assistentes de negócios de agências. O Tribunal Regional do Trabalho manteve a decisão de primeira instância enquadrando esses trabalhadores na jornada de 6 horas sem redução de salários”, lembrou Paulo Roberto, assessor jurídico do Sindicato.
Em 2005, 2009 e 2010 o Sindicato também ingressou com protestos para interromper a contagem do tempo de prescrição para entrar com ações na Justiça. Com o protesto, os bancários podem reivindicar até dez anos de direitos trabalhistas relativos a 7ª e 8ª horas. “É histórica a nossa luta e o banco já tentou impor empecilhos para que os direitos dos bancários sejam cumpridos”, comenta Wadson Boaventura, diretor do Sindicato.
A jornada de 6 horas foi conquistada em 1933. Na década de 90, os trabalhadores dentro da jornada legal eram maioria na categoria, mas a partir do governo de Fernando Henrique Cardoso foram criados diversos cargos com jornada de 8 horas, o que resultou no descumprimento da jornada legal dos bancários. Esse quadro se intensificaria nos anos seguintes. “Hoje os trabalhadores que têm respeitada a jornada de 6 horas pela empresa são minoria. Os bancários sofreram um sério ataque à jornada legal durante os últimos 20 anos”, frisa Jeferson Meira, diretor do Sindicato.
CSOs
Na manifestação também foram dados informes sobre a reunião entre o Sindicato e a Dinop sobre os recentes boatos de fim do CSO, em que o diretor da área afirmou que os centros não serão extintos.
"A presença dos trabalhadores no ato deixou clara para a direção do BB a disposição de luta pela jornada de 6 horas e também pelos seus direitos em caso de reestruturação", afirmou Saulo Rodrigues, diretor do Sindicato.
Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília
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