
Enquanto a direção do Banco do Brasil trata a questão com descaso, os bancários de Brasília seguem mobilizados pelo cumprimento da jornada legal de 6 horas. Nesta quinta-feira (31) foi a vez dos funcionários do antigo prédio da Brasil Telecom, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), participarem em peso de mais um ato promovido pelo Sindicato para pressionar a direção do BB pelo respeito a uma conquista histórica dos bancários.

“Em Brasília, a maior parte dos comissionados que trabalham 8 horas deveria trabalhar 6 horas. A jornada de 6 horas é um direito conquistado e lutamos para que ela seja cumprida”, afirma Rafael Zanon, diretor do Sindicato. “Os juízes já estão pacificando o entendimento de que os bancários que trabalham além das 6 horas exercendo funções em cargos técnicos estão fazendo hora extra. Eles não exercem cargos gerenciais e, por isso, devem trabalhar as 6 horas diárias”, completou o advogado José Barros, assessor jurídico do Sindicato, durante o ato.

Em 2010, milhares de ações judiciais relacionadas à jornada legal foram impetradas na Justiça do Trabalho. “O Sindicato continua orientando a categoria a entrar com ações para pressionar o banco a resolver a situação. O BB não está negociando e até o momento o que fez foi montar um grupo de trabalho para estudar o tema e apresentar o projeto ao conselho diretor do banco”, frisa Wadson Boaventura, diretor do Sindicato.
O Sindicato também orientou os bancários que estão prestes a se aposentar a entrar com ações cobrando o pagamento das 7ª e 8ª horas. Essas ações reivindicam, por exemplo, que as horas extras sejam incluídas na contribuição da Previ, o plano de previdência dos bancários do BB.
Outras reivindicações
Durante o ato o Sindicato informou que vai cobrar da direção do banco a construção do ambulatório no local e as eleições da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).
Nesta quinta também começou a ser implantado o Plano de Carreiras e Remuneração (PCR) dos funcionários do BB. “A conquista veio, mas ainda temos que lutar para conquistar melhorias na carreira de mérito”, diz Jeferson Meira, diretor do Sindicato. Uma das reivindicações dos trabalhadores é que depois de 10 anos ocupando cargo comissionado, o bancário tenha incorporado ao seu vencimento padrão o valor da comissão.
Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília
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